O Natal que conhecemos hoje passou por muitas influências na história até o pinheirinho iluminado ser montado na sua casa. A principal delas vem de um festival pagão dos povos antigos (vikings, celtas e saxões), conhecido como festival de Yule. Com a ascensão do cristianismo na Europa, o festival foi desaparecendo com o tempo.  

Os povos antigos não conheciam Jesus, não usavam o final do ano para celebrar seu aniversário, mas sim a troca da estação, nem mesmo era dezembro, a contagem do ano era diferente para eles, mas a época coincidia com os meses de dezembro e janeiro dos romanos. Ao contrário do que acontece aqui no hemisfério sul, o hemisfério norte entra na estação mais fria do ano na época. E o inverno nos países escandinavos é extremamente rigoroso, por isso reuniam-se em festival para celebrar sua chegada e pedir forças aos deuses e à natureza para enfrentar o nebuloso período que se instalaria até a metade do ano.

Havia todo um misticismo no ar. Era a chegada da noite mais longa do ano, falava-se em espíritos inquietos e era época de dançar, beber e realizar alguns sacrifícios em homenagem aos deuses. Os registros históricos afirmam que os sacrifícios eram somente de animais, mas há muitos rumores de que pessoas eram escolhidas para a prática, considerada normal e uma forma honrosa de morrer.

Durante a noite, era carregada uma imensa tora, onde era colocado fogo, o festival de Yule era marcado por muita luz, um clamor pelo retorno dos dias de sol e um pedido de proteção nos dias de trevas. As famílias carregavam para dentro das casas uma árvore verde, para que os espíritos da natureza tivessem um lugar confortável para passar o inverno. A árvore era decorada com sinos e outros enfeites e os espíritos recebiam presentes para manter as pessoas vivas e fortes durante o longo inverno que chegava. No topo da árvore era colocado um pentagrama de madeira, que representa a união de todos os elementos da natureza. Notou alguma semelhança?

Quando os cristãos começaram a chegar nestes países, detestaram a ideia de reverenciar a vários deuses e foram tratando de exterminar com todos os festivais pagãos. Houve resistência, claro, se tratava de uma cultura milenar e os povos receberam os cristãos com violência. Com o tempo, e propositalmente, o nascimento de Cristo foi oficialmente declarado como 25 de dezembro, mesmo período do festival de Yule e as celebrações cristãs uniram-se às pagãs, de forma que nos legaram o Natal que celebramos hoje. 

Curiosidade: O festival de Yule ainda resiste em alguns lugares ermos da Europa e muitos dos costumes da época são mantidos pelas pessoas em suas casas.

“A Luz nesse Festival torna-se um elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para a Terra, para nossas vidas, corações e mentes.” Rota Espiritual.