Blog dos Livros

Aprendendo Com A Casa De Papel

24/12/2021 08:30 - por Mildo Fenner

Será    que    um    assalto    pode      influenciar positivamente a  carreira de alguém? Uma assalto qualquer certamente não,  mas aquele descrito em “La casa de papel” e analisado pelo especialista  Fábio Bandeira de Mello mostra ser uma fonte  riquíssima  para o leitor embarcar em conceitos e lições que se relacionam diretamente com o cotidiano.

Com   linguagem clara, objetiva e  descontraída, Fábio Bandeira de Mello  relaciona os personagens  e os acontecimentos da série com o mundo dos negócios, extraindo lições úteis para profissionais  de todas as áreas. O resultado é “7 lições de negócios de La casa de papel” (Editora Universo dos Livros, 230 páginas, R$ 19,90), em que o autor apresenta estratégias e argumentos  da série  para colocar em prática.

Para quem assistiu, na série, quando o professor entrou na sala lá estavam todos prontos para mais um dia de aula: Tóquio, Rio, Berlim, Nairóbi, Denver, Moscou, Oslo, Helsinque. Nenhum deles piscava. Parados, ouviam atentamente aos ensinamentos e  estratégias elaboradas e passadas repetidamente pelo professor. Afinal, nada poderia  sair errado, todos os detalhes eram muito importantes para alcançar o objetivo que os unia:  invadir a Fábrica Nacional de Moneda Y Timbre e  realizar o maior assalto da história.

De certa   forma,  segundo o autor do livro, pela condução narrativa o professor  nos convida a puxar uma cadeira, sentar ao lado da equipe montada por ele, abrir o nosso caderninho  de anotações e aprender boas lições. Liderança, estratégia, negociação, comunicação, vendas, marketing e inovação são só alguns exemplos.  Conforme o livro,  todos os personagens  acabam sendo  fontes riquíssimas para uma imersão  em detalhes como inteligência emocional, criatividade,  alta performance, resiliência  e outros pontos que são detalhados na obra.

Fábio  Bandeira   de     Mello     foi   diretor  do Administradores.com, o maior portal de negócios da  América Latina, e atualmente é CEO  do Atletas Brasil e sócio-diretor do Calendar  Sport. É mestre em jornalismo, com especialização em jornalismo digital,  e possui centenas de matérias publicadas em  diversos veículos midiáticos do país  e  da América Latina, tendo conquistado algumas premiações de jornalismo. 

A   série  “La casa de papel” conta a história de oito habilidosos ladrões que invadem a casa da moeda da Espanha,  com o ambicioso plano de realizar o maior roubo da história,  que lhes renderia  mais de dois bilhões de euros. Para isso, porém, o grupo precisa  lidar com as dezenas de reféns e com os agentes  da força de elite da polícia, que farão de tudo para impedir o plano dos criminosos.

Produzida  e  veiculada   pelo canal  de televisão espanhol  Antena 3, a série  caiu no gosto popular  e ganhou  outros países e públicos graças à Netflix, a maior provedora  global de filmes e séries da televisão via “streaming.”  Com mais de 100 milhões de assinantes e um catálogo de fazer inveja, a Netlix viu essa aquisição quebrar  um recorde: se transformou  na série de língua inglesa mais assistida no mundo na plataforma.

Trecho:
“Temos    a    incrível   capacidade de transmitir  sinais positivos e amistosos apenas com o nosso corpo, mas também podemos indicar sinais antipáticos  ou de rejeição sem precisar dizer uma palavra ou apenas por meios dos olhos.

Um   olhar   prolongado sobre outra pessoa pode ser lido como uma encarada e  causar uma sensação de invasão. Isso também acontece com o olhar da cabeça aos pés (que pode soar ofensivo), o revirar  dos olhos (que demonstra desinteresse) ou o ato de cerrar os olhos (um sinal de raiva). Todos estes gestos criam barreiras antes mesmo que qualquer palavra seja trocada entre duas pessoas.”
(página 99)
    
OS ROMANOV   
Em um livro que reúne imagens inéditas e informações nunca antes divulgadas, o escritor Paulo Rezzutti, em sua obra “Os últimos czares” (Editora LeYa, 280 páginas, R$ 40,00),   fala sobre o desaparecimento de Nicolau II, sua mulher  e  seus cinco filhos,  que foram presos e  assassinados  pelos bolcheviques  durante a revolução de outubro de 1917 na Rússia. O livro  registra o cotidiano da família real e desvenda  o que realmente teria acontecido com os Romanov, os últimos czares da Rússia. 

NOVO IMORTAL   
A Academia Brasileira de Letras, em  sua  última sessão do ano, no dia 16  de  dezembro,  elegeu para a  cadeira dois o  escritor e professor Eduardo Giannetti.   Ele recebeu 18 votos dos 34 presentes e disputava com o escritor Gabriel  Chalita e o advogado Sergio Bermudes. Com diversos livros publicados, alguns traduzidos para diversos idiomas, venceu duas vezes o Prêmio Jabuti. A cadeira dois da Academia já foi ocupada pelo cachoeirense João Neves da Fontoura. 

Leituras:
“Com    o  tempo, você vai percebendo que, para ser feliz com outra pessoa você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela....

Você     aprende    a    gostar   de você, a cuidar de você, principalmente, a  gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. 

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando.... mas quem estava procurando por você!”
(Mário   Quintana,   premiado    poeta    gaúcho, nascido em Alegrete,   RS,  em   30 de julho de 1906,   e   falecido   em    05   de   maio   de 1994).

Destaques:
VOCÊ ME MATA, MÃE GENTIL  

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Autor:
João Ubaldo Ribeiro                   

Escritor de enorme talento, dono de um texto irreverente e  engajado, em que a  verve política desvinculada de partidos está presente, João Ubaldo Ribeiro, baiano de Itaparica,  escreveu seu primeiro livro aos 21 anos, “Setembro não tem sentido.” É autor, entre outros, de “Sargento Getúlio”  e “Viva o povo brasileiro,” marcos da literatura brasileira contemporânea. Em “Você me mata, mãe gentil,” o autor apresenta 56 crônicas com uma visão de cidadão angustiado, mas ainda otimista, sobre os caminhos e  descaminhos do país.
Editora Nova Fronteira. 253 páginas.  R$ 19,90.
                                                             
O HOMEM MAIS PROCURADO

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Autor:
John Le Carré                            

Um  jovem checheno faminto, com um longo sobretudo  preto, entra clandestinamente em Hamburgo na calada da noite. Em uma bolsa pendurada no pescoço, esconde uma quantia incalculável de dinheiro.  A presença do estrangeiro, um homem torturado por suspeitas infundadas, trará o caos às vidas de personagens  acostumados a uma rotina  com a qual mal escondem a  insatisfação.  Este foi o 21º. romance de John Le Carré, conhecido pelas obras “O espião que saiu do frio,”  “O jardineiro fiel,” “O espião que sabia demais,” entre outros. 
Editora Record.  345 páginas. R$ 9,99. 
   
(As obras apontadas  no Blog dos Livros  podem ser encontradas   junto à Revistaria e Livraria Nascente,  na Rua Saldanha Marinho,   1423, Cachoeira do Sul) 

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