93 ANOS

JP, o contador da história

29/06/2022 00:01 - por Oneide Teixeira

Jornal do Povo imprime a trajetória da cidade e também a vida de seus leitores

Uma das empresas com maior tempo de presença e convivência com a comunidade de Cachoeira do Sul, o Jornal do Povo, comemora hoje 93 anos de circulação e de parceria com seus leitores. Desde 1929, o JP vem literalmente imprimindo a história, as lutas e as conquistas da cidade, assim como registrando a vida das pessoas em suas páginas.

A produção começa cedo, com a redação recebendo as primeiras informações do dia, abastecendo o site www.jornaldopovo.com.br e repassando pautas para as editorias. No departamento comercial e no setor de arte são elaborados os leiautes que serão transformados em peças publicitárias nas próximas horas. O departamento de assinaturas, a recepção e o setor administrativo já iniciaram o dia na primeira hora da manhã. A vida pulsa dia e noite no JP.

Até o fim da tarde, após adaptações do planejamento editorial inicial, o JP já está com a cara que irá circular no dia seguinte, mas sempre ocorrem mudanças, informações, notícias e novidades de última hora. No fim da edição, cada coluna, cada colunista, cada editoria já está prevista em seu lugar final para que o jornal siga para a revisão e impressão. O dia de trabalho se encerra na madrugada, com os entregadores percorrendo o centro e os bairros de bicicleta para que os assinantes recebam o JP logo cedo em suas casas.

HÁBITO DA LEITURA
Mesmo com a tecnologia evoluindo minuto a minuto, o hábito e o gosto pela leitura do JP impresso se fortalece em várias gerações de leitores. “O prazer de pegar o papel na mão e ler o jornal impresso é insuperável”, destacou a professora Bernadete Lovato. “Minha filha de 44 anos e meus netos de 9 e 12 anos aprenderam a ler recortando as letrinhas do JP e, até hoje, seguem leitores do Jornal. Até meus netos preferem o jornal de papel”, ressaltou o líder comunitário José Pedro Garcia, o Tenório Parqueteiro, 71 anos, assinante do JP há 30 anos.

O JP também está disponível nas bancas, na recepção do jornal e no seu portal, o www.jornaldopovo.com.br. Suas edições impressas antigas também são procuradas e consultadas com frequência por pesquisadores no Arquivo Histórico Municipal.

 

O NÚMERO
53 MIL

Esse é o número estimado pelo Ibope de leitores diários do Jornal do Povo em Cachoeira do Sul.

 

ATENÇÃO
O Jornal do Povo é sócio-fundador da Associação de Jornais do Interior do RS (Adjori, 1962), da Associação Brasileira de Jornais do Interior (Abrajori, 1981), da Associação dos Diários do Interior (ADI-RS, 1992) e sócio da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Sociedad Interamericana de Prensa (SIP).

 

PRESENÇA
O JP na comunidade cachoeirense

- Jornal do Povo
- Gráfica Jacuí
- Rádio GVC.fm
- Revista Linda
- Revista Planeta Arroz
- Jantar dos Destaques
- Prêmio Agro
- Top of Mind
- Broto Cachoeira
- Cachoeira Fashion
- Noite dos Especialistas
- Campanha Cubra Cachoeira de Verde
- Quadradinhos do Amor
- JP/24ª CRE na Sala de Aula
- Repórter por Um Dia

 

TRÊS PERGUNTAS PARA
Eládio Vieira da Cunha, diretor-geral do Jorna do Povo

Como o jornalismo impresso tem se fortalecido? 
“Em tempos de fake news, os jornais revigoram-se ao publicar somente a verdade. Os jornais não repassam notícias, eles produzem as notícias após pesquisa e checagem das informações. E agora os jornais ainda possuem suas próprias redes sociais. São notícias exclusivas, impressas e digitais. Chegam rápidas e são sempre verdadeiras. Uma cidade que tem jornal atuante está livre de tornar-se um deserto de notícias”.

Qual a importância DO Jornal do Povo para a cidade? 
“O jornal tem sido testemunha e relator de todas as dificuldades e conquistas de Cachoeira do Sul. O que sai no jornal fica registrado na história”.
  
Como o JP conquistou E manteve o seu espaço e credibilidade ao longo dos anos?
“Cachoeira do Sul já teve muitos jornais. Só o Jornal do Povo manteve-se firme como empresa estruturada e vencedora. Centenas de profissionais cachoeirenses preencheram suas páginas exercendo a nobre profissão de escrever e contar a história. O JP formou muitos jovens para as redações de empresas jornalísticas do país todo. Foram esses profissionais que chancelaram o maior patrimônio deste jornal, que é o respeito e a credibilidade que seus leitores reconhecem há nove décadas”.

 

A soma de talentos e o compromisso comunitário

A trajetória do JP é a soma de esforços de vários talentos, coordenados há três gerações pela família Vieira da Cunha, que se tornou proprietária do JP em 1949, quando o trissemanário já completava 20 anos. Nos últimos tempos, a família aumentou, com a chegada das revistas Planeta Arroz e Linda, além da rádio GVC.fm e do Anuário Cachoeira do Sul. Vieram fazer companhia à Gráfica Jacuí, primeira empresa derivada do JP, fundada em 1970.

Além de documentar a história da cidade, o Jornal do Povo também se consolidou pela interação com os leitores através da promoção de eventos e projetos próprios, como a Noite dos Destaques, o Top of Mind, Cachoeira Fashion e a campanha Cubra Cachoeira de Verde, para ficar em alguns exemplos de uma agenda que atravessa o ano.

E o que falar do papel comunitário do Jornal do Povo, sempre a postos para fazer parte e congregar forças pelas grandes causas de Cachoeira? “O JP é um alicerce para o crescimento da cidade. O que seriam das lutas de Cachoeira sem um jornal para dar visibilidade à causa?”, declarou o diretor comercial Márcio Vieira da Cunha. Entre as campanhas que o JP abraçou estão a construção da nova emergência do HCB, a transparência no poder Legislativo, a vinda da Uergs e da UFSM e a posição propositiva permanente pela qualidade de vida da cidade.

DIFERENÇA
“O JP não inventa, simplesmente conta a história de Cachoeira do Sul. Essa é a diferença de um jornal impresso sério para inúmeros blogs e sites que surgem para publicar resumos. Com o crescimento da internet, veio o crescimento da fake news, da notícia rasa, dos sites abastecidos por releases, o que torna a informação supérflua e, no caso da fake News, perigosa.  O JP é feito através de um trabalho sério e profundo, com um time de jornalistas. Eles apuram, aprofundam e entregam ao leitor a informação mais completa possível”, completou o diretor comercial Márcio Vieira da Cunha.

 

O que dizem os leitores do JP

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“Minha relação com livros e jornais é intensa desde criança. O gosto pela leitura sempre me atraiu. Sempre gostei muito de sentir o papel em minha mão, o cheiro dele, folhear... voltar aos assuntos que me interessam, reler... Mesmo estando na era digital, o prazer de ler o jornal impresso é insuperável. E o Jornal do Povo faz parte da minha vida há muito tempo. É através dele que fico sabendo das notícias e acontecimentos importantes da nossa cidade. Sou assinante do JP há mais de 20 anos e temos uma grande parceria também com o trabalho que desenvolvo no Colégio Marista Roque. Quero manter essa parceria e o prazer de sentar em algum lugar da minha casa e ter a satisfação de folhear as páginas do JP, degustando seu conteúdo”.
 
Bernadete Lovato, professora de artes e diretora do grupo de teatro Luz Encenação, do Colégio Marista Roque, há 31 anos

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“Trabalhei por 30 anos no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, como funcionário concursado. Na época, foi muito marcante a brincadeira de um desembargador que dizia: ‘jornal é que nem cachaça, depois que experimenta, não para mais’. Ele nos incentivava muito a ler e a se informar através de jornais. Quando me aposentei e voltei para Cachoeira, há cerca de 20 anos, a primeira coisa que fiz foi assinar o Jornal do Povo. Gosto muito do espaço que o JP dá para os leitores telefonarem, manifestarem suas opiniões. É um jornal ‘gente da gente’, que mostra os fatos da nossa cidade e promove eventos em nossa cidade também. Até eu já tive o prazer de ser entrevistado, mostrando minha coleção de moedas antigas em 2017. Guardo com carinho essa página do JP impresso, que também faz parte da minha história”.
 
Luciano da Silva Paz, 86 anos, oficialaposentado do Tribunal de Justiça do Estado

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“Já morei em cidades gaúchas, como Jacutinga, Ibirubá e Cruz Alta. Desde que retornei a Cachoeira, me identifiquei com o Jornal do Povo. Sou assinante há mais de 35 anos. Me acostumei a manusear o jornal impresso, a ler antes mesmo do café da manhã, durante o meu chimarrão. É um hábito e minha primeira atividade quando acordo. É a melhor forma de ficar por dentro das notícias de Cachoeira do Sul”.
 
Talita Wollmann, 78 anos, professora aposentada

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“Pra mim, existem quatro riquezas: a minha família, o HCB, o Rio Jacuí e o Jornal do Povo. O JP sempre deu vez e voz para as comunidades, para Cachoeira do Sul. É imensurável a satisfação que tenho em mostrar para os meus netos mais de 20 anos de páginas do JP impresso, que divulgava as minhas lutas pelas comunidades menos favorecidas. Foram desde campanhas de arrecadação de roupas até reinvindicações por melhorias na infraestrutura da cidade, como calçamento de ruas, canalização de sangas e iluminação pública.

Essas reportagens ajudaram, inclusive, a aumentar a procura pelos meus serviços profissionais. As pessoas me viam no JP, percebiam a credibilidade do jornal e, assim, confiavam em mim. Hoje, estou aposentado, me dedicando mais à família, mas muito do que tenho e o principal, a minha reputação, o legado de honra que hoje deixo para os meus netos, foi o JP que ajudou a construir. Eu até me emociono, pois comecei a trabalhar aos 9 anos como engraxate e parqueteiro. Na infância, eu engraxava os sapatos do chefe do Jornal do Povo, o senhor Paulo Salzano Vieira da Cunha.

Sempre tive um carinho muito grande pelo jornal e nunca imaginei que um dia iria figurar em suas páginas. Sou assinante há mais de 30 anos. Eu e minha esposa lemos o jornal ao longo de todo o dia. A primeira leitura fazemos às 6h30min da manhã. Depois, à tarde e à noitinha relemos. O nosso entregador, o Serginho, é incrível, nunca falha.

Minha filha Greici, 44 anos, aprendeu a ler recortando as letrinhas do JP. Meus netos Murilo, 9 anos, e Julia, 12 anos, também. Inclusive, eles levam o JP para a escola onde estudam, em Porto Alegre. E eles adoram ler e preferem o jornal impresso, porque ‘no celular e no computador a imagem se perde. Já o papel não’. Obrigado, Jornal o Povo, por contar as histórias da nossa cidade e fazer parte das nossas famílias”.

José Pedro Garcia Pereira, o Tenório parqueteiro, 71 anos, líder comunitário

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