Armando Fagundes

Edilidade x JP

27/06/2017 00:00 - por Armando Fagundes armandofifagundes@hotmail.com

Escancarado o confronto da Câmara Municipal com a imprensa, que não admite a crítica ou a simples constatação de situações que a sociedade tem dúvidas ou que simplesmente considera inadequada ou inaceitável.
 

O confronto
A Câmara tem mostrado evidente intenção de afastar o JP das publicações obrigatórias, como se o comércio publicitário e o lucro fossem crimes. Na Carta da República, a livre iniciativa e os valores do trabalho são cláusulas pétreas, não obstante a fervorosa vontade de algumas ideologias buscarem sistemas econômicos que afrontam os princípios basilares do nosso Estado democrático de direito. O JP não nega a pretensão de participar das licitações do poder público, um direito seu, desde que estas sejam limpas e transparentes, sem concessão a sua independência editorial. O JP é empresa local, com raízes profundas, emprega mais de 100 pessoas diretamente, e outros tantos indiretamente, e não pode ser afastado de licitações direcionadas somente porque divulga matérias sobre equívocos da Câmara ou que os vereadores simplesmente não gostam.
 

A história
Já dizia Cervantes em “Dom Quixote”, na Idade Média, que “a história é êmula do tempo, depósito de ações, testemunha do passado e aviso do presente, advertência do porvir”. Nesta semana o JP completa 88 anos de fundação. Uma empresa genuinamente cachoeirense, que os vereadores querem ver pelas costas, fechada de preferência. Existe uma verdade que os vereadores ignoram. O JP nunca foi e não é chapa branca, isto é, nunca foi cooptado por lideranças políticas, partidárias ou gestores públicos só porque estes publicavam os atos oficiais ou matérias publicitárias nas suas páginas. Enganam-se os que acreditam que podem obter contrapartidas por divulgações pagas.
 

Historicidade
O Liberato Salzano Vieira da Cunha, morto em 1957, quando eleito prefeito municipal em 1947 era sócio-gerente do JP e, por força de lei, entregou a sua direção ao irmão Paulo Salzano e ao sócio Manoel Portela, mas sua gestão na Prefeitura não deixou de sofrer críticas contundentes e elogios discretos. O Honorato, o Pedrinho, o Caspani, o Ivo e o Marlon sempre tiveram “Vieiras da Cunha” ou afins em suas equipes de trabalho, mas se queixavam das críticas acres e falta de alinhamento, embora o JP “faturasse” do poder público matérias oficiais. Em 1993, o prefeito Garske tinha sócio do jornal em seu secretariado e nem por isso o JP deixou de denunciar com exclusividade uma licitação irregular de computadores, que culminou até numa CPI na Câmara. A independência editorial do JP está no seu DNA.
 

Dois pesos...
É louvável quando a Câmara se preocupa com o princípio da economicidade, o que não aconteceu quando adquiriu um luxuoso veículo de valor expressivo numa cidade com tantas carências e receitas insuficientes.
 

Diário eletrônico
O diário eletrônico, adotado com “subsídios” e lobby forte do Partido Verde, inclusive na tribuna popular, devia mesmo ser implantado. Ninguém conhece melhor do que os vereadores sobre a significância ou não dos atos que precisa divulgar e se estes necessitam ou não de efetividade máxima. Quantos leem o jornal Cidades? Quantos consultam? Realmente, divulgar coisas desinteressantes em jornal de circulação zero é botar dinheiro fora.

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Pois então!

Carlos Gossling em 28/06/2017 às 00h29

Se na época o JP fizesse constatações,ou críticas talvez o MERNAK não teria quebrado e por pouco o HCB!

CONFRONTO DE INTERESSES

João Orlando dos Santos em 27/06/2017 às 16h09

O Jornal do Povo é uma empresa privada e tem o dever e o direito de lutar por publicações que lhes rendam resultados financeiros e lhes propicie o aumento de faturamento, é uma parte da imprensa cachoeirense. As rádios e o Jornal digital dos Germanos fazem a contrapartida da imprensa local pilhando os vereadores e o prefeito para que adotem o Diário Eletrônico por razões de economia, mas na verdade buscam isso no intuito de enfraquecer e reduzir o faturamento do concorrente,haja visto que desistiram do Jornal Impresso por não terem circulação suficiente e serem claramente tendenciosos na opinião e na postura de proteção e propagação exclusiva da política que atendia os interesses familiares. Esta é a verdade e a realidade nua e crua dos fatos,O resto é conversa mole pra boi dormir e enganar os incautos. E cabe ao Legislativo e ao Executivo soberanamente decidir pelo uso ou não do Diário Eletrônico exclusivamente com o intuito de gerar ou não economia aos cofres públicos,sem medir o interesse de ninguém que não seja o interesse da sociedade.

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