Dnit dividirá fiscalização da ponte

O prefeito José Otávio Germano conseguiu repassar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) parte da vigilância da Ponte do Fandango para evitar o fluxo de veículos pesados (três eixos ou mais) pelo local, que está interditado desde 29 de outubro de 2021.

A partir de agora os servidores da Secretaria Municipal de Obras ficam responsáveis pela guarda do local de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Das 19h às 7h, em sábados, domingos e feriados, o trabalho será desempenhado por pessoas a serviço do Dnit.

R$ 10 MIL EM HORA EXTRA
A medida foi tomada para que a Prefeitura reduza os gastos com horas extras, que nesses dias geravam um alto custo aos cofres municipais. Embora a Prefeitura não tenha informado oficialmente, o gasto com os serviços extraordinários de servidores para fiscalizar a passagem de caminhões na ponte seria de cerca de R$ 10 mil mensais

Reforma da Ponte do Fandango caminhou
Na quarta-feira o Dnit publicou em seu boletim administrativo o termo de aceitação do anteprojeto de engenharia para a obra na Ponte do Fandango. A notícia foi comunicada também pelo deputado estadual Cláudio Tatsch. Segundo o documento, o anteprojeto de engenharia visa a contratação de empresa para o desenvolvimento do projeto básico e executivo, execução das obras e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final da reabilitação dos viadutos de acesso à Ponte do Fandango. 

Essa etapa vinha sendo aguardada com expectativa pela administração municipal desde que a ponte foi interditada após a constatação da deformação de um dos seus vãos. A Ponte do Fandango é o principal acesso a Cachoeira do Sul pela BR 290 e ligação com a capital do estado. Hoje veículos pesados com mais de três eixos precisam chegar ou deixar a cidade através da balsa Deusa do Jacuí ou a do São Lourenço.

REVOLTA NA BALSA
Assim que iniciada, o que não tem previsão de ocorrer, a tendência é que a obra leve pelo menos 18 meses para ser concluída. Algumas informações circularam nos últimos dias dando conta que por variados dias não houve fiscalização na Ponte do Fandango, o que teria até incomodado o proprietário da Deusa do Jacuí, que estaria perdendo clientes especialmente à noite. 

Três perguntas para
Cláudio Tatsch, deputado estadual cachoeirense 

Superintendente do Dnit entre os deputados Cláudio Tatsch e Luiz Fernando Mainardi

Como o deputado ficou sabendo que a obra da Ponte do Fandango começou a andar?
“Acompanhado do colega parlamentar Luiz Fernando Mainardi estive em reunião na superintendência regional do Dnit quando fui informado da aceitação do anteprojeto que embasará a licitação da reforma da Ponte do Fandango. O termo de aceitação foi publicado em boletim administrativo do Dnit, ou seja, é quente”.

Essa aceitação significa exatamente o quê?
“Isso significa que estão sendo concluídas as etapas que antecedem a abertura da concorrência pública para a obra. O Dnit tem agora um prazo de 60 dias para elaborar o edital da licitação, prazo que por solicitação do colega Mainardi foi reduzido para 30 dias. O caso recebeu prioridade em razão da urgência da obra e do tempo de espera da cidade. Já são um ano e oito meses de interdição parcial da ponte, que está liberada somente para o trânsito de veículos leves”.

Trata-se de uma vitória para Cachoeira?
“Sim. A reforma da Ponte do Fandango é um compromisso que assumi desde o início do mandato junto com os deputados Airton Lima e Luiz Fernando Mainardi. Fui duas vezes a Brasília e uma a Uruguaiana para encontro com os ministros Renan Filho (Infraestrutura) e Paulo Pimenta (Comunicação), além de outras tantas audiências na superintendência regional do Dnit em Porto Alegre. Cachoeira merece de volta a sua ponte”.