Volta por Cima em 100 contas

O governo do Estado pagou o segundo lote de recursos previstos pelo programa Volta por Cima para famílias vítimas da enchente no Rio Grande do Sul, dinheiro que entrou na conta de pelo menos 100 moradores de Cachoeira do Sul. No pagamento desta sexta-feira, o benefício foi creditado no Cartão Cidadão de 32.062 famílias de 151 cidades gaúchas, entre elas Cachoeira do Sul.

O valor depositado soma R$ 80,15 milhões e foram repassados R$ 2,5 mil para cada família desabrigada ou desalojada. Quem se cadastrou para receber ajuda e precisa saber se foi contemplado com o benefício nos lotes já pagos deve fazer a consulta pelo número do CPF no site SOS Enchentes. 

REQUISITOS
Entre os requisitos para ter sido atendido nesta segunda etapa está residir em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado, o que é o caso de Cachoeira, e ter cadastro incluído pelas equipes municipais de assistência social em formulário disponibilizado pelo programa Volta por Cima ou ter sido identificado como morador de área atingida a partir do mapeamento do governo estadual. Além disso, é preciso constar no Cadastro Único na condição de pobre ou extremamente pobre, mesmo com a inscrição feita após os eventos climáticos.

COMO FUNCIONA
O pagamento do Volta por Cima

CARTÃO
- O valor do benefício é creditado no Cartão Cidadão da pessoa de referência de cada núcleo familiar. Podem utilizar o recurso os beneficiários do segundo lote que já têm o Cartão Cidadão em mãos em função de outro programa do governo.

RETIRADA
- Aqueles que não possuem o cartão terão o documento emitido automaticamente, podendo retirá-lo na agência do Banrisul a partir do dia 13 de junho (data sujeita à alteração devido a condições de logística). 

PERDA
- Quem perdeu o cartão deve ligar para 0800-5412323 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 14h) e solicitar a emissão da segunda via.

Prazo curto para as prefeituras
As prefeituras têm prazo de 30 dias, a partir da data do recebimento de ofício enviado com orientações, dados de acesso e senha, para cadastrarem as famílias que atendam aos requisitos do decreto no formulário disponibilizado pelo programa. Cidadãos não podem se cadastrar diretamente, pois apenas as equipes municipais têm acesso ao formulário.

É necessário que o Município e os cadastradores designados firmem e enviem o termo de responsabilidade, tendo como objetivo o correto uso da ferramenta e das informações nela lançadas. Quando houver divergência de endereço entre o CadÚnico e o cadastro do programa, a inclusão dos beneficiários deverá ser validada pelo município em que efetivamente residem, previamente ao pagamento, mediante ofício remetido ao secretário estadual de Desenvolvimento Social.

DUAS PERGUNTAS
Como o Governo do Estado encontra as famílias que precisam do auxílio?
A partir de trabalho coordenado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), foi realizado um mapeamento de áreas atingidas pelos eventos climáticos com uso de imagens de satélite e informações repassadas pelas secretarias estaduais. Com a área delimitada, ocorre o cruzamento das informações com os endereços das famílias que constam no banco de dados do CadÚnico. Desse modo, são identificadas as famílias das áreas afetadas que tenham as características de renda definidas na edição do programa. Com o novo método, famílias aptas a receber o benefício são identificadas sem a obrigatoriedade do cadastro no Volta por Cima. O lote creditado na sexta-feira foi o primeiro a utilizar a nova metodologia para o pagamento do benefício.

Se a família está enquadrada no programa e não recebe, o que fazer?
Caso alguma família se enquadre nos critérios do programa e não receba os recursos, deve entrar em contato com a Secretaria Municipal de Inclusão Social para ser cadastrada da mesma forma como já vinha ocorrendo.