Fundação que quer preservar o Sítio Histórico do Irapuazinho ameaça abandonar a causa se não tiver retorno

Instituto Borges de Medeiros dá ultimato na Prefeitura

14/09/2017 17:00

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

local serviu de exílio para o advogado que foi presidente do estado do Rio Grande do Sul

Criada no final de 2015 para tentar evitar que caia no esquecimento o Sítio Histórico do Irapuazinho, que pertenceu a Borges de Medeiros, a fundação Instituto Histórico Borges de Medeiros (IHBM) deu um ultimato à Prefeitura de Cachoeira do Sul.

O próximo dia 19 de outubro foi colocado como data limite para que a Prefeitura emita sua posição definitiva dizendo se quer ou não levar adiante a proposta para desapropriar a área de dois hectares, e transformar o velho casario em uma espécie de memorial ou minimuseu. Do contrário, o grupo promete que irá oficializar sua dissolução e abandonar a ideia.

A informação é de uma das bisnetas do político que marcou seu nome na história política gaúcha e nacional, a produtora cultural aposentada Suzana Saldanha, 66 anos, que coordena a fundação. Provocado pela reportagem do Jornal do Povo o procurador jurídico do município, Leonel Gonçalves, garante que nos próximos 10 dias emitirá um parecer.

Suzana lidera o grupo de 30 membros que luta para preservar o sítio histórico composto por um conjunto de casas em estilo colonial, na localidade de Irapuazinho. Ela é moradora de Florianópolis (SC), ela é bisneta do ex-governador do Rio Grande do Sul Borges de Medeiros e pretende restaurar a casa em que o bisavô morou na época em que administrou o Estado por cinco mandatos, de 1898 e 1928.

RECURSOS FEDERAIS

De acordo com Suzana, está tudo articulado para captar recursos para o projeto através das leis de incentivo à cultura. “A Prefeitura precisa apenas desapropriar a área de dois hectares, depois o projeto terá custo zero. O proprietário pede R$ 100 mil, mas naquela região deve valer em torno de R$ 15 mil. Eu cheguei a combinar com a Prefeitura que a desapropriação seria de até R$ 30 mil”, comenta Suzana.

Segundo ela, o proprietário do local não se opõe a vender a área com as caas e o projeto a ser enviado para o Ministério da Cultura ou Secretaria Estadual da Cultura seria feito em parceria com a UFSM e a captação por uma produtora cultural que pertence à Fundação. “Garantimos que não terá maiores ônus para a Prefeitura”, afirma.

O procurador Leonal Gonçalves diz que trata o assunto com cuidado pois a tafona do Irapuazinho pode virar uma segunda Casa da Aldeia. “Nosso receio é pela responsabilidade que pode recair nos ombros do município. O Sítio Histórico do Irapuazinho pode se transformar em uma nova Casa da Aldeia. Isto é, se a Oscip Defender não tiver êxito no seu projeto para restaurar o local, já existe até condenação do Município para que assuma o dever de restauro e preservação. Pode acontecer a mesma coisa com o conjunto de casas que foi de Borges de Medeiros”, pondera Gonçalves.
 

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IHBM

Jose Lorenzo Saldanha em 15/09/2017 às 10h32

Se não haverá custos esperando o que para desapropriar? Confundir pessoas e colocar na mesma vala das irresponsabilidades de outros nos deixa perplexos! O Senhor Procurador está confundindo. Toda a responsabilidade será do IHBM que é um grupo de pessoas com índole e seriedade.

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