Manifestação se iniciou nas Cinco Esquinas e terminou com protesto em frente ao JP e a GVC.fm

Movimento estudantil promoveu a quarta passeata em favor da educação

30/05/2016 14:59 - por Oneide Teixeira jp@jornaldopovo.com.br

Movimento Estudantil

em meio ao tráfego de automóveis

O Movimento dos Secundaristas de Cachoeira do Sul (MSC) que lidera as manifestações pelos direitos dos professores protagonizou na manhã desta segunda-feira a quarta passeata de protesto contra o sucateamento da educação.

Cerca de 50 jovens e um professor que não quis ser identificado percorreram a Rua Júlio de Castilhos desde as Cinco Esquinas até a Saldanha Marinho e Sete de Setembro.

Os alunos seguravam cartazes e gritavam palavras de ordem como: “Educação”, “Estudante na rua, Sartori é culpa tua”, e “Acorda sociedade educação é prioridade”. Desta vez os jovens fizeram o percurso sozinhos, dividindo as ruas com o trânsito de veículos que foi brevemente interrompido em alguns trechos.

A manifestação não teve a presença dos dirigentes do Cpers, que estavam protestando em Porto Alegre, e nem dos agentes Municipais de Trânsito que ajudaram a controlar o tráfego de veículos na manifestação estudantil da última semana.

A passeata contou com a presença de alunos do Colégio Diva, do Instituto João Neves e das escolas Borges de Medeiros, Vital Brasil, Ciro Carvalho de Abreu, Liberato e Zilá da Gama Mór.

PARADAS E PROTESTO CONTRA A IMPRENSA

Alunos protestando em frente ao JP e à rádio GVC.fm: "Mídia burguesa não nos representa"

Ao longo do trajeto os estudantes fizeram uma parada em frente a 24ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), em frente à Prefeitura e em frente ao Jornal do Povo e a Radio GVC.fm onde gritaram “Mídia burguesa não nos representa”. 

Entre as manifestantes que puxaram o coro estavam a representante da União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul (UEE Livre) e da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Cachoeira do Sul, Vivian Sales, 24 anos.

Enquanto o grupo protestava em frente o JP, três líderes entraram na rádio para conversar com a equipe de jornalistas. Gustavo Alves, Karol Luiz e Samuel Michels, ambos de 16 anos e alunos do Colégio Diva, declararam que o grupo estava insatisfeito com algumas notícias “equivocadas publicadas no JP”.

“Só queremos o direito de resposta. Diferentemente do que é divulgado, o Colégio Diva não lidera a greve na cidade, esse é um movimento dos alunos e o Diva só está de portas abertas para receber as ocupações”, defendeu o aluno Samuel. 

Já Gustavo declarou novamente que o grupo não sofre influências de professores ou diretores de escola. “Essa é uma iniciativa nossa, exclusivamente dos alunos”, reforçou.

O comunicador Fábio Pagliuca elogiou a mobilização dos jovens, mas orientou que o movimento seja organizado e não interfira na vida de pessoas que nada tem a ver com o sucateamento da educação, como por exemplo, motoristas e trabalhadores que estão dirigindo enquanto as passeatas ocorrem.

“A cobrança mais veemente tem que ser feita direto aos governantes. Visitem Porto Alegre, pressionem o governador. Aqui todos querem que a educação melhore. Como imprensa, apenas narramos e descrevemos os acontecimentos, inclusive divulgamos as ações de vocês.

Cuidem para que o movimento dos secundaristas seja respeitado, bem embasado e conquiste simpatizantes. Assim ele não ganhará a antipatia da comunidade como já ocorreu com outros tipos de manifestações no país”, declarou Pagliuca.

CARTAZ

Enquanto a equipe da rádio conversava e ouvia Gustavo, Karol e Samuel, o grupo que estava na rua continuava gritando e chegou a colar na vitrina da rádio um cartaz com a frase “Mídia burguesa não nos representa”. A pedido dos três alunos que estavam dentro da rádio, o cartaz foi retirado. “Não é nada pessoal, é um protesto em relação a mídia geral, nacional. Desculpe o transtorno”, declarou Samuel.

A reportagem do JP tentou ouvir e fotografar as jovens que colaram o cartaz, entre elas, Ana Milla, 16 anos, aluna do Instituto João Neves e Vivian Sales, da UEE, mas elas não quiseram conceder entrevista. “Não queremos falar porque a mídia burguesa não as representa”, declarou outra manifestante.

JOVENS VÃO FALAR NA GVC.FM NESTA TERÇA-FEIRA

Nesta terça-feira, a convite da rádio GVC.fm, os líderes do Movimento dos Secundaristas de Cachoeira do Sul (MSC) participarão do programa Redação GVC ÀS 8h30min. Eles falarão sobre o movimento em defesa da educação e sobre seus projetos enquanto líderes estudantis.
O grupo declara que entre os objetivos de suas manifestações está o reajuste e o não parcelamento do salário dos professores estaduais, melhoria da infraestrutura e repasse de verbas atrasadas para escolas e a retirada do Projeto de Lei 44/2016, que está em tramitação e aguarda votação na Assembleia Legislativa do Estado.

Ele possibilita a entrega de serviços públicos do Estado – educação, saúde, cultura, meio ambiente, esporte, assistência social, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e gestão – para entidades privadas, na forma de organizações sociais (OSs), espécies de ONGs ou associações que poderão receber o patrimônio público para administrá-lo.

O Cpers, alunos e professores entendem que esse projeto irá privatizar o ensino público estadual e temem que futuramente não existam mais escolas e universidades estaduais com acesso gratuito.
 

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O PAÍS DA PÁTRIA EDUCADORA.....

Carlos Ernane Rott da Silva em 30/05/2016 às 19h05

Salários parcelados, greve, falta de estrutura, falta de professores.... está complicado. Aqui na E.E.T. NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, de Três Vendas, seguem os 22 alunos sem transporte escolar, assunto que já foi notícia no jornal, já se passaram mais de trinta dias e até agora nada, nenhuma solução ainda e as crianças perdendo aulas, até quando......

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