Prefeitura retira da pracinha do Soares o balanço adaptado para cadeirantes

Polêmica no parquinho

28/02/2018 00:00

CRIANÇA MACHUCADA

da maneira correta para se divertir na praça /DIVULGAÇÃO

O brinquedo adaptado para uso de crianças cadeirantes ou com necessidades especiais, anunciado com pompa e circunstância no início do ano como uma das novidades oferecidas pela Prefeitura, teve de ser retirado da Praça Senhorinha Pilar Soares, no Bairro Soares. Embora tenha ocorrido coincidentemente após um menino de 5 anos de idade - não cadeirante - se acidentar e quebrar a perna enquanto brincava no balanço, a Prefeitura justifica que a medida foi tomada para consertar o equipamento, que estava com uma rachadura em um dos pés de apoio e será soldado pela empresa Agropertences, que fez a doação do brinquedo ainda no mês de dezembro.

O acidente aconteceu no último dia 18, um domingo. Segundo o pai da criança, o publicitário Francisco Pagano, quando o menino perdeu o equilíbrio, caiu e ficou com as pernas trancadas embaixo da plataforma. Ele estava de pé no chão, atrás do brinquedo, embalando seus amigos que estavam em cima do balanço. A criança precisou passar por procedimento cirúrgico para colocar uma placa de platina e seis pinos na perna direita para sustentação dos ossos tíbia e fíbula, que foram quebrados em três partes.

O menino terá de ficar em repouso por 40 dias e, após, passar por outra cirurgia para retirar a placa de platina. Ainda será necessário um acompanhamento semestral para avaliar o crescimento de sua perna. Embora no local exista uma placa dizendo que o brinquedo é reservado para uso de cadeirantes e que suporta no máximo duas pessoas, o Jornal do Povo recebeu relatos de que o balanço sempre foi utilizado pelas crianças, em grande número e todas não portadoras de deficiência física, que o usavam com frequência quando não havia cadeirante na praça.


Falhas no brinquedo

O pai da criança, Francisco Pagano, prefere ignorar o uso incorreto pelas crianças do brinquedo, que é destinado exclusivamente para cadeirantes. Ele foca em possíveis falhas no equipamento. Diz que as barras de sustentação eram frágeis e um dos pés de apoio já estava quebrado e fora do ângulo no dia do acidente. “O balanço não estava dentro das boas normas de segurança, não incluía rampa de acesso para os cadeirantes e não tinha nenhuma orientação de como devia ser utilizado, nem alertas de riscos. Riscos estes que incluem, por ventura, adultos”, acrescenta. Ele solicita que a Prefeitura Municipal faça uma revisão da real utilidade do brinquedo e o devolva dentro das boas normas de segurança.


Cercado para evitar uso inadequado

O secretário municipal do Meio Ambiente e do Desporto, Ronaldo Trojahn, confirma que o brinquedo foi retirado para ser consertado porque estava com uma pequena rachadura. E será feito um projeto de estudo para avaliar a possibilidade de fazer um tipo de isolamento ao redor do balanço para evitar que crianças não portadoras de deficiência física o utilizem.

Ronaldo lamenta o acidente, mas pede para que os pais orientem seus filhos sobre o uso desse tipo de brinquedo e que tenham mais cuidado. “O balanço foi colocado na praça para uso exclusivo dos cadeirantes, as crianças não deviam estar lá embalando umas às outras. Tinha uma placa indicando que o uso era para duas pessoas, o cadeirante e o adulto que iria ajudá-lo a se balançar”, acrescenta.

SEM RECLAMAÇÕES
Segundo Trojahn, antes do acidente não havia sido registrada nenhuma reclamação sobre o uso do balanço. “Eu vi fotos de cadeirantes lá, mas se um brinquedo que é para ajudá-los pode trazer tantos problemas, podemos então retirá-lo da praça”, complementa Trojahn.
 

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A LIÇÃO.

Jose Nilton de Freitas Filho em 01/03/2018 às 10h35

Vale lembrar que os pais não devem “compensar” a falta de tempo com indisciplina. Muitos pais que não podem ficar um tempo que consideram suficiente com os filhos, quando ficam, deixam que eles façam tudo o que querem sem disciplina. Mas para que os filhos tenham conhecimento e comportamento mais adequados “lá fora” é preciso ter disciplina dentro de casa. AQUILO QUE OS PAIS NÃO ENSINAM EM CASA PARA OS FILHOS A VIDA SE ENCARREGA DE ENSINAR DE UMA FORMA MAIS DURA PARA AMBOS. Privar uma ideia tão boa e de acordo com a acessibilidade como esta, mostra bem o despreparo dos ditos políticos em nosso país.

MAS, BAH!

Lecino Ferreira em 01/03/2018 às 09h56

A ideia de por esse aparato para somente cadeirantes a usar foi ótima, mas deveria ter um tipo de controle, tipo, banheiro público em repartição; quer usar? Pegue a chave na recepção!

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