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Ansiedade de separação: como ajudar seu pet a lidar com a ausência do tutor
Se você tem um pet, sabe o quanto eles são apegados — e é justamente esse amor incondicional que pode causar um dos problemas emocionais mais comuns entre cães e gatos: a ansiedade de separação.
Quando o tutor sai de casa, alguns animais ficam tão estressados que podem latir sem parar, destruir objetos ou até recusar comida. Entender e tratar esse comportamento é essencial para garantir o bem-estar emocional do seu companheiro.
O que é a ansiedade de separação?
A ansiedade de separação acontece quando o pet sente angústia e medo ao ficar sozinho ou longe do tutor.
Ela é mais comum em cães, mas também pode afetar gatos e outros animais de estimação.
Entre os sinais mais frequentes estão:
- Latidos, uivos ou miados excessivos;
- Comportamentos destrutivos (morder móveis, portas, almofadas);
- Urinar ou defecar fora do lugar;
- Falta de apetite;
- Tentativas de fuga;
- Apatia quando o tutor está prestes a sair.
Esses comportamentos não são “birra” — são sintomas de estresse e insegurança.
Por que os pets desenvolvem esse problema?
Existem várias causas, mas a principal é o vínculo emocional intenso com o tutor.
Após o período da pandemia, quando muitas pessoas passaram a trabalhar em casa, os animais se acostumaram à presença constante da família. Com o retorno das rotinas, o afastamento repentino gerou desequilíbrio emocional em muitos pets.
Outros fatores que contribuem incluem:
- Mudança de casa ou ambiente;
- Adoção recente (principalmente em animais que sofreram abandono);
- Falta de socialização desde filhote;
- Mudança na rotina (horários, ausência de um membro da família, etc.).
Como ajudar seu pet a lidar com a separação
A boa notícia é que a ansiedade de separação pode ser controlada e até prevenida com paciência e estímulo positivo. Veja algumas estratégias que ajudam:
1. Crie uma rotina previsível
Os pets se sentem mais seguros quando sabem o que vai acontecer. Estabeleça horários fixos para alimentação, passeios e brincadeiras.
2. Pratique saídas curtas
Comece com ausências rápidas — saia por alguns minutos e retorne. Aos poucos, aumente o tempo fora. Isso ensina o pet que você sempre volta.
3. Evite despedidas dramáticas
Saídas e chegadas devem ser neutras. Excesso de emoção na hora de sair pode reforçar a ansiedade.
4. Ofereça estímulos durante a ausência
Brinquedos interativos, mordedores e petiscos que liberam comida lentamente ajudam a distrair o animal e associar o momento de solidão a algo positivo.
5. Enriquecimento ambiental
Monte um espaço confortável com caminha, brinquedos e cheiros familiares (como uma roupa sua). Gatos, em especial, adoram ter prateleiras e arranhadores.
6. Considere ajuda profissional
Em casos graves, um médico-veterinário comportamentalista ou adestrador positivo pode orientar o tratamento adequado. Em alguns casos, até o uso de feromônios calmantes ou terapias complementares pode ajudar.
O papel do tutor: presença, paciência e amor
O mais importante é compreender que o pet não age por “desobediência”, e sim por sofrimento emocional.
A punição nunca é a solução — ela apenas aumenta o medo e o estresse.
Ofereça segurança, carinho e, principalmente, tempo de qualidade. Brinque, converse, passeie e mantenha o vínculo forte mesmo nos momentos em que estiver ausente.
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