A 3 DIAS DO VOTO
Debate do JP expõe feridas
Eleição polarizou entre Balardin e Hilton no ar pela Rádio GVC.fm
Os candidatos a prefeito de Cachoeira do Sul conhecem muito bem todos os problemas do município e isto ficou claro no debate de ontem, realizado pelo Jornal do Povo e pela Rádio GVC.fm. O mesmo encontro, porém, deixou ainda mais claro que as grandes questões – Faps, desmonte da Saúde, falta de emprego e demandas de infraestrutura dos bairros - não possuem soluções aparentes, muito menos fáceis.
O debate também serviu para ampliar o clima de belicosidade instalado na campanha eleitoral entre os candidatos Leandro Balardin e Hilton de Franceschi, polarizando neste momento o pleito (veja a nova rodada da Pesquisa Casa Brasil na página 8 desta edição). Hilton chamou Balardin de arrogante, petulante, mentiroso (sobre apoio do atual governo municipal) e um político criado pelo ex-deputado José Otávio Germano, hoje o principal investigado da Operação Fandango.
DIREITO DE RESPOSTA
Balardin devolveu que Hilton nunca se elegeu a nada e só foi vice-prefeito enquanto ele, Bala, tinha sido vereador por dois mandatos e presidente da Câmara. Nas despedidas, Balardin conseguiu até um direito de resposta. Hilton também levou críticas indiretas de Ronaldo Trojahn, principalmente na ideia de criar uma financeira para assumir os consignados que hoje os servidores municipais pagam aos bancos, com juros bancários. Com a financeira, os juros ficariam para o Faps. Bala lembrou que este tipo de financeira está sempre associada a escândalos.
Lula x Bolsonaro
A dualidade política do país também marcou presença. Vinícius Cornelli se disse representante de Lula nesta eleição, enquanto que Trojahn garantiu ter o apoio de Jair Bolsonaro. Ao menos Vinícius teve uma longa lista de obras de Lula em Cachoeira para apresentar, como a UFSM, a Uergs, a UAB, os Apezinhos da Fenarroz e a UPA. Trojahn retrucou: o Governo Neiron nunca conseguiu inaugurar a UPA, que só foi colocada em funcionamento já no Governo Sérgio Ghignatti 2. Não citou, porém, obras de Bolsonaro para Cachoeira.
Longe das polêmicas, Mauro Falcão e Paulo Schwab serviram mais de escada nos questionamentos diretos, mas souberam aproveitar o seus espaços. Schwab lembrou dos 23 anos de trabalho no Sicredi, hoje um dos maiores sucessos empresariais do país, e Falcão valorizou o fato de ser o único a ter um programa técnico de governo, sem coligações e ligações com o que classifica de comércio na saúde.
CORTE DE CC E SECRETÁRIO
Coligação que foi o mote do único confronto empreendido por Falcão: como Balardin pretendia cortar CCs e secretarias com tantos partidos de sua coligação para acomodar na Prefeitura? Bala defendeu-se repetindo que não tem acordo firmado com ninguém. Falcão voltou à carga: “A conta não fecha. Alguém está sendo enganado, o povo ou o grupo que lhe apoia”.
PROPOSTAS E RETRUCOS
O que os candidatos apresentaram no debate:
VINICIUS CORNELLI
- Relação direta com o Governo Lula
- Nenhum servidor ganhará menos que o salário mínimo no vencimento básico, sem depender dos avanços da carreira para atingir o mínimo previsto em lei
- Ampliar o Jardim da Paz para resolver a falta de vagas nos cemitérios
- Implantar no interior quatro unidades sustentáveis de desenvolvimento rural, no Piquiri, Barro Vermelho, Bosque e Três Vendas, com maquinário e patrolas
- "O servidor sabe que candidato se posiciona como empresário e que candidato se preocupa com os trabalhadores."
MAURO FALCÃO
- Estacionamento rotativo pago para subsidiar o transporte coletivo urbano. Quem tem mais ajudando no serviço usado pelo que tem menos
- A educação tem que mudar. “Hoje a criança já vem com a tecnologia inserida em seu inconsciente.”
- Combate ao comércio da Saúde, principalmente na área de oncologia
- Entender que o autista não é um doente, mas alguém que tem uma diferente percepção. “Para tratar deles e da inclusão teremos uma equipe multidisciplinar.”
RONALDO TROJAHN
- Lutará contra o projeto de reconstrução da Ponte do Fandango que prevê o erguimento do vão e seis meses de obra com a passagem fechada
- Censo pet e castrações para resolver o problema dos cães de rua
- "Participei de três governos, sim, por três partidos diferentes. É porque sou bom e competente. Nunca fui demitido. Competência não se compra nas vendas.”
- Para resolver o problema financeiro da Prefeitura, investir nas estradas do interior, para evitar desvio da safra, trazer empresas e cobrar os devedores
- "Tenho apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-prefeito e ex-deputado Marlon Santos e do atual deputado Claudio Tatsch.”
PAULO SCHWAB
- Trabalhar pelo erguimento da autoestima dos cachoeirenses. “Não represento nenhum político. Quero representar os cachoeirenses.”
- Diminuir o número de escolas e torná-las profissionalizantes no interior, bem maiores e integrando com saúde e segurança
- A solução para o transporte coletivo urbano é a licitação do serviço e investimento em ciclovias
- A culpa de Cachoeira não estar em um alto grau de desenvolvimento é dos gestores que passaram pela Prefeitura “Eles fracassaram.”
HILTON DE FRANCESCHI
- Vê a frustração e a indignação do eleitor com a classe política que só “aparece de quatro em quatro anos para fazer as promessas de sempre. Eu sou um gestor”
- Implantação de uma financeira que assuma os consignados que hoje os servidores pagam aos bancos gerando lucro somente para a rede bancária
- Solução para a cidade é apoiar o agro. “Apostar fortemente no agro é gerar emprego e renda. Mandamos arroz e soja para fora para serem beneficiados. Cachoeira tem a melhor genética de gado e não tem um frigorífico. Até a construção civil é difícil nesta cidade.”
- "Não sou o candidato dos ricos, como querem fazer parecer. Fiz sucesso e tenho hoje uma vida confortável, por isso quero trabalhar pela minha comunidade. Quem me ataca é fracassado.”
LEANDRO BALARDIN
- Redução da máquina para 10 secretarias
- Duas capatazias no meio rural para dar assistência ao campo
- Solucionar a falta de médicos e de especialistas na Saúde apoiando a vinda do curso de Medicina e trabalhando para a Prefeitura ter dinheiro em caixa para promover concursos oferecendo melhores salários aos médicos ou terceirizando o serviço para não deixar ninguém sem atendimento
- "Sou filho da minha mãe, Vera Balardin, e do meu pai, Délcio. Fui empacotador de supermercado e herdei um legado deles, funcionários públicos. Eu construí minha vida política. Peço só uma oportunidade para ser testado e depois avaliado.”
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