Licitação das balsas definida

A empresa Lacel Soluções, de São Jerônimo, foi a primeira colocada na licitação do governo federal para a escolha da responsável pelos serviços de travessia do Rio Jacuí através de balsas durante a interdição da Ponte do Fandango em Cachoeira do Sul, para as obras de alteamento da estrutura.

A empresa, que atua no ramo de construções navais, ofereceu o serviço por R$ 7.020.000,00 e bateu a segunda colocada, a Naval Couto, que ofertou um valor R$ 20 mil maior. A Naval Couto é a proprietária da balsa Deusa do Jacuí, que atualmente opera em Cachoeira do Sul para a passagem de caminhões impedidos de transitar pela ponte.

AVALIAÇÃO

Agora, a documentação da empresa vencedora precisa passar por avaliação técnica e financeira. Conforme a assessoria de imprensa do Dnit, a proposta da empresa será conhecida na segunda-feira. Se não for encontrado algum impeditivo, a empresa é homologada vencedora e o Dnit deve discutir a emissão da ordem de serviço para os serviços de travessia, que vão acontecer 24 horas por dia.

Lacel ainda quer falar com Dnit

Jander Heberle: diretor da Lacel, empresa vencedora

Diretor da Lacel Soluções, Jander Heberle, diz que a empresa pretende discutir com o Dnit os termos de execução do contrato, afirmando que alguns trechos do edital deixaram dúvidas. Como a exigência é para operação de duas balsas, sendo uma 24 horas por dia, um dos pontos a serem debatidos é sobre quando iniciar o serviço.

Jander destaca a necessidade de uma visita técnica à cidade para conhecer a realidade do Rio Jacuí e definir a melhor embarcação para utilizar. “Temos balsas de diferentes tamanhos, desde 300 metros quadrados até 600 metros quadrados. É preciso ver o que se adequa melhor”, ponderou. A Lacel opera em São Valentim contratada pelo governo do Estado e esta deve ser a primeira operação da empresa para o governo federal.

IMPORTANTE

O proprietário da Naval Couto, Adroaldo Couto, disse que não pretende recorrer em relação ao resultado do leilão. Em contato com o Jornal do Povo, ele colocou dúvidas sobre como a concorrente irá operar. “Essa empresa ganhou (uma concorrência) em São Valentim e está lá operando com uma balsa pequena, deixando uma fila de carros porque ela não dá conta. O Dnit deveria exigir documentos das embarcações antes de permitir a participação de empresas, eu tenho tudo certificado pela Marinha”, disse. Questionado sobre isso, o diretor da Lacel respondeu que “se a empresa não tivesse condições de operar, não teria participado da concorrência”.

ATENÇÃO

A interdição da Ponte do Fandango deve se estender por cerca de cinco meses para os trabalhos da elevação da estrutura. A ponte precisa ser levantada porque a superenchente do ano de 2024 passou por cima da estrutura e o governo federal tem o dever de zelar pela segurança da população que a utiliza, atuando preventivamente.