Até poucos anos atrás, a raça era constantemente citada como a mais popular do país, e era bastante comum encontrar filhotinhos em todas as feiras de animais. Mas os mais atentos talvez tenham percebido: os poodles estão sumindo aos poucos, e não é apenas uma impressão.

Dos cerca de 5 mil registros anuais para pedigree de cães emitidos pelo Kennel Clube de Curitiba, apenas seis registraram poodles em 2016. Foi identificado uma queda na procura por poodles principalmente pelo surgimento e popularização de outras raças na mesma categoria, como lhasa apsos, yorkshires e shih-tzus.

No auge da popularidade, na última década, era bastante comum encontrar criadores espalhados pela cidade, especializados em poodles. De acordo com a Confederação Brasileira de Cinofilia, o órgão que expede os registros e também certifica os criadouros, o Brasil contava com 219 locais de criação específica dos poodle. Dez anos depois, a redução foi de 76%, e 2016 fechou com apenas 51 criadores, o que colaborou para o ‘sumiço’. 

Por ser uma raça que demanda tosa e escovação constantes, muitos criadores deram um passo atrás. Outro problema foi que muitos queriam fêmeas pra continuar dando crias e vendendo em grande quantidade, fazendo com que naturalmente o preço caísse. Como o investimento para criar a raça mais pura ficava cada vez mais alto (em relação àqueles aventureiros), isso acabou gerando prejuízo para os criadores sérios.