Licitação foi legal, mas investimento é questionável
MP arquiva caso da Mercedes, mas dá recado ao eleitor
CARRO NOVO DA CÂMARA
A licitação da Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul que resultou na compra de uma van Mercedes-Benz por R$ 155 mil foi considerada regular pelo Ministério Público (MP).
Nesta quarta-feira, a promotora de Justiça Maristela Schneider revelou que decidiu arquivar o inquérito que investigava a lisura do processo, aberto depois de uma notícia no Jornal do Povo (18 de maio) onde uma concessionária da cidade questionava o favorecimento a uma concorrente de Porto Alegre.
Apesar de reconhecer a legalidade da licitação e a necessidade da aquisição de um novo veículo, a promotora, porém, deixou um recado claro sobre a conveniência do investimento: “O eleitor poderá julgar ele próprio a decisão tomada por seus representantes”.
Maristela não foi explícita em criticar a decisão dos vereadores de comprar um veículo de luxo, mas deixou dúvidas sobre a moralidade da iniciativa. Ao indeferir a abertura de um inquérito civil, ela escreveu:
“Não se vislumbra ato ilegal a ser questionado, nem conduta que possa configurar improbidade administrativa. A análise de se adquirir veículo de valor de R$ 155.000,00 em meio à crise financeira pela qual passa o país, considerando que o Poder Legislativo possui orçamento próprio e possuía dotação orçamentária suficiente para fazer frente a tal gasto, deve ser feita pelo eleitor, o qual pode julgar ele próprio a conveniência e a oportunidade da decisão adotada pelos seus representantes, não cabendo tal análise na seara jurisdicional, através de controle judicial do ato administrativo, que, a nosso ver, não se mostrou ilegal, podendo, no entanto, não ter sido conveniente, situação essa que somente cabe ao eleitor reavaliar”.
GARANTIA
A promotora escreveu ainda que não viu ilegalidade na redução do prazo de garantia exigido para o veículo licitado, de três para um ano. Foi justamente esta alteração no edital de licitação que permitiu a empresa porto-alegrense Savar vencer o pregão. A redução do prazo “está dentro da discricionariedade do administrador”, escreveu Maristela.
PARA SABER MAIS
Clique aqui e leia na íntegra a decisão da promotora Maristela Schneider.
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MP não teria mandado recado.
Vilnei Garcia Herbstrith em 02/06/2017 às 00h34MP contesta. Não mandou recado à Câmara. Bom... Então tudo bem. Ratifico que cada poder tem autonomia, respeitada a lei para decidir por si, até sobre o que vai comprar e usar. Se depois o povo vai votar ou não nos mesmos atuais, é decisão dos eleitores em votos futuros. Era isto.
LISURA?
Lecino Ferreira em 01/06/2017 às 20h29Leitor nenhum questionou lisura do processo e SIM o veículo errado. Se é para o ELEITOR julgar, pergunto: - Pra que MINISTÉRIO PÚBLICO?
Veículo câmara
Luis Angelito Miguel em 01/06/2017 às 17h58Há poucos dias foi anunciado Ford Ranger cabine dupla por R$115.000,00 e com 5 anos de garantia. Pode não ser o veículo ideal, mas é prova que há (ou haveria) melhores ofertas para se usar o dinheiro do contribuinte.
RECADO? CADA PODER TEM SUA INDEPENDÊNCIA
Vilnei Garcia Herbstrith em 01/06/2017 às 17h38Com todo o respeito ao MP, se sou o presidente da Câmara mando ofício agradecendo a isenção na análise que, como antecipei antes, não encontraria nada de irregular, e recomendaria à nobre promotora que relesse a Constituição na parte que fala na independência dos poderes. Não me parece que caiba ai MP dar conselhos sobre que tipo de carro e qual o valor que pode ou deve gastar para compra-lo. Cada um sabe das suas necessidades. Também ingressaria com ação contra o gerente da concessionária da marca na cidade que levantou suspeitas sobre a lisura da licitação. Achei um grande desaforo. Dos seus votos e eleitores quem tem que saber é cada um dos vereadores.
M.P.
Alexsandro Haag da Rosa em 01/06/2017 às 17h19A muito tempo a cidade não tinha ministério público tão atento e atuante em favor de sua comunidade. Parabéns promotora Maristela, é de pessoas assim que precisamos para melhorar este Brasil, esta cidade.
A ''bola'' do jogo deve ser enorme,
Delmar Pereira em 01/06/2017 às 15h59Imensurável, muito grandona para os ''meros cidadães'' participarem do jogo de tubarões. Eu escrevi ''bola e jogo'', não confundam funda com estilingue (mais conhecido como bodoque) ou rouxinol da Galileia urinol (penico) da Vanderleia, ok. - Como muito bem escreveu a Digníssima Promotora, ''cabe ao eleitor reavaliar' e u diria nas urnas nas próximas eleições', pois é o povo o patrão destes PolíTicos, quer eles queiram ou não!
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