VAZOU
Vereador Alex detona Balardin
Parlamentar critica falta de articulação e reclama de estratégia em votação do veto
Em um áudio vazado na manhã de ontem de uma conversa que teve com o ex-vereador Azevedo da Susepe e outro interlocutor, o vereador Alex da Farmácia teceu fortes críticas ao Governo Leandro Balardin e revelou bastidores de uma votação de segunda-feira. O parlamentar se queixa da posição adotada pelo governo de pedir a manutenção do veto de Balardin ao projeto de lei de Mariana Carlos, na lei dos cuidados.
A norma previa uma regra para que empresas terceirizadas pelo Município concedessem abono de faltas a seus trabalhadores quando estes precisassem acompanhar filhos em atividades escolares ou consultas médicas e foi derrubada com sete votos a favor do veto, incluindo o de Alex.
No áudio vazado, ele dá a entender que pediu ao procurador Bruno Müller que liberasse os parlamentares da base do governo de votar a favor do veto, para que a lei tivesse sua constitucionalidade discutida posteriormente na Justiça. No áudio, eles interpretam que o veto à lei fortaleceu a vereadora Mariana Carlos, que é oposição ao governo na Câmara.
“DEIXA ELA GANHAR”
“Eu disse para o Bruno, em frente ao Casquinha: avisa o pessoal, deixa ela ganhar. Sabe o que ele me disse? 'Deixa rolar, vai me dar mais serviço depois'", contou. Também na conversa, Azevedo, que já presidiu a Câmara, opina que Bruno não deveria exercer a figura de secretário de governo sendo procurador, entendimento que ele já tinha desde a gestão anterior.
Republicano diz que governo é horrível
Na continuação do áudio, o vereador Alex da Farmácia se queixa que o atual governo seria “horrível” e diz que “ele não existe politicamente”. A frase seria referente ao prefeito e à falta de articulação política da atual gestão. Tanto que na sequência Azevedo lembra do ex-prefeito dizendo que os problemas de José Otávio foram “não aparecer na Prefeitura e as putarias”. Na conversa, embora não seja possível identificar quem menciona, eles comentam sobre uma das denúncias contra o ex-prefeito por improbidade em relação a obras de asfaltamento, dizendo que não dará em nada.
Questionado ontem sobre o áudio vazado, Alex não quis se manifestar, alegando que estaria no hospital acompanhando um parente. O áudio deve sepultar a tentativa de aproximação do governo com o Republicanos. Também na conversa, eles falam sobre o vereador Serginho Quoos (PSDB), dizendo que ele não saberia o que está fazendo como líder do Executivo e afirmam que a vereadora Mariana Carlos estaria “dando de relho” no governo.
IMPORTANTE
O áudio se espalhou rapidamente pelo meio político cachoeirense durante o dia de ontem, depois de supostamente Alex ter publicado ele em um grupo ligado aos vereadores e servidores da Câmara. Em seguida, o parlamentar apagou a postagem.
ATENÇÃO
Alex estaria incomodado nos últimos dias porque sua esposa teve o FG cortado pela administração municipal. Na sequência do áudio, Alex diz que o governo já estaria solicitando urgência para um projeto na segunda-feira e disse que não iria assinar os pedidos do governo.
O QUE DIZ O GOVERNO
BALARDIN
O prefeito Leandro Balardin ignorou grande parte do conteúdo do áudio que envolve seu governo e atacou principalmente o ex-prefeito quando questionado pela reportagem sobre o assunto. “Sobre os que compactuam com o ex-governante afastado pela Justiça da Prefeitura de Cachoeira do Sul: a conivência com a corrupção é uma traição à confiança pública e uma afronta à dignidade de todos nós”. Ele disse ser inacreditável citar as “orgias do ex-prefeito como seu único problema. E a corrupção? Desconhecem a denúncia? E o pó pelotense? Nenhuma, nem outra, e nem nada disso que aconteceu serve de exemplo. Baixaria. Ridículo”, disse.
BRUNO MÜLLER
Questionado a respeito do conteúdo do áudio, o procurador do Município Bruno Müller disse que durante todo o episódio, sua posição foi afirmar que os agentes políticos devem legislar de acordo com a legalidade. “Esta se sobrepõe ao mérito, e por isso exarei parecer pelo veto”, diz ele, frisando que entende a medida como ilegal por avançar na legislação trabalhista. Sobre o pedido do vereador de liberar a base para votar como esta quisesse, Bruno disse não ter poder para isso. “Eu não libero ninguém. Respeito todos os vereadores e suas posições. E caso não houvesse a derrubada do veto, aprovando uma lei manifestamente ilegal, eu teria que corrigir esse equívoco”.
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