Estudo apresentado pela Conab expõe dificuldades enfrentadas pelos produtores da região

Custo de produção do arroz de Cachoeira é o maior do estado

22/12/2016 18:03 - por Vinícius Severo vinicius@jornaldopovo.com.br

Agricultura

pagam maior valor do estado para produzir cereal

Os produtores de arroz de Cachoeira do Sul têm razão de reclamar das dificuldades de sua atividade.

Conforme revelou estudo da Companhia Nacional de Abastecimento, a produção do cereal na região tem o maior custo variável do estado, de R$ 36,01 para uma produtividade que deve ultrapassar os 7 mil quilos nesta safra.

O menor custo e também maior produtividade está na Fronteira Oeste, em Uruguaiana, com 8 toneladas/ha e gastos de R$ 34,23.

O estudo mostra ainda que os produtores de arroz de Cachoeira também enfrentam a menor lucratividade quando se apresentam os valores de preço recebido pela saca, avaliado no estudo em R$ 40,1 na região. Assim, o percentualde lucro sobre o custo é de apenas 4%. Em Santo Antônio da Patrulha, onde está a menor produtividade com 6,9 toneladas por hectare, o percentual é de 8,2%, e 7,3% em Uruguaiana. 

COMPOSIÇÃO

O estudo da Conab alerta ainda que para compor o preço recebido pelo produtor entram diversos fatores, como a época da colheita, as importações e exportações, a disponibilidade do produto no mercado, a existência de estoques, as políticas de governo, a logística de transporte, a armazenagem e a sua distribuição.

O que afeta os custos da produção de arroz

Analista de mercado de arroz para a Revista Planeta Arroz, única revista de circulação nacional especializada em arroz, o jornalista Cleiton Santos cita alguns fatores que fazem o custo variável da produção de Cachoeira serem os mais altos no estado atualmente.

“A depressão central sempre é a última a plantar. Clima e dificuldade de acesso ao crédito oficial - alto endividamento - fazem parte dessa conjuntura. No ano passado por exemplo e também neste houve influência de enchentes, que provocam perda, além de problemas de crédito. Outro que esta é a área mais antiga em produção no estado”, explica.

O jornalista lamenta ainda que a cidade não possua mais cooperativas, já que estas poderiam ter uma filosofia de redução de custos de insumos e maior valorização do grão para o produtor.

“E temos sérios problemas de compactação do solo em algumas regiões, não apenas por problema de manejo, mas por uma espécie de camada de argila que deixa os solos arrozeiros de uma parte de Cachoeira mais rasos, impedindo o desenvolvimento das raízes e das plantas”, detalha.
 

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Suicídio !

Djalmar wollmann em 12/05/2017 às 09h58

Plantar as margens do Jacuí na atual conjuntura é "roleta russa", ou seja, suicídio..! Uruguaina tem um custo altíssimo com bombeamento para várzeas altas, porém produtividade..! As cooperativas faliram em Cachoeira do Sul devido má gestão, aliado ao processo de "divisão" dentro da classe. Porque será que o sistema cooperativo de SC funciona..? Atuo junto a produtores da Coper Campos de (Campos Novos) - SC, diria que serve de exemplo de gestão para todo Brasil..! Posso afirmar que desculpas referentes ao tipo de cultura não convence. Se for cultura, cito Cooperja de Jacinto Machado - SC, outro exemplo 99% arroz.

CONHECIMENTO

João Orlando dos Santos em 22/12/2016 às 20h49

" URUGUAIANA CAMPEÃ EM PRODUTIVIDADE As lavouras de arroz de Uruguaiana são as mais produtivas do país, com o menor custo de produção e as melhores características para cultivo. Na ponta inversa, Cachoeira do Sul e Santo Antônio da Patrulha apresentam os maiores custos e menores produtividades. O resultado consta em levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)" Uruguaiana tem a mais alta produtividade e o menor custo, Cachoeira do Sul tem a menor produtividade e o mais alto custo. Simples de entender e fácil de explicar, claro que para isto necessita ter conhecimento das regiões e o que com certeza não possui o sr. Vínicius Severo autor desta matéria. Uruguaiana tem o menor custo porque produz mais, e isto só se consegue na Uruguaiana porque os produtores rurais tem mais condições de investir na terra do que os produtores cachoeirenses. Em uruguaiana 80% dos produtores plantam em terra própria, em Cachoeira 80% dos produtores são arrendatários e em função de pagar arrendamentos exorbitantes não conseguem corrigir o solo com a mesma efetividade que os produtores de Uruguaiana conseguem, pois lá os produtores investem na sua própria terra e aqui o sanguessuga do arrendador não investe na sua terra, pois acredita que simplesmente deve apenas explorar o produtor. Aí está a diferença na produtividade e na lucratividade, lá se investe na terra e aqui apenas sugam a terra e o arrendatário. Outra bobagem desta matéria escrita pelo sr. Vínicius Severo que certamente desconhece a realidade da orizicultura está no fato de clamar por Cooperativas, Cachoeira do Sul não possui nenhuma cooperativa orizícola e nem tritícola e a Caul de Uruguaiana também é inoperante, assim como a Camil de itaqui e a SãoBorjense, salva-se a Caal do Alegrete. `Para não escrever bobagens o Sr. Vínicius Severo deveria conhecer Uruguaiana, Itaqui e São Borja para ter uma noção da realidade orizícola do RS Aqui na nossa Cachoeira do Sul, " Capital Nacional do Arroz", menos de 30% dos nossos 4 milhões de sacas produzidas são industrializadas em nossa cidade, e lá na São Borja do Celso Rigo e do Prato Fino 8 milhões de sacas de arroz são industrializadas. E para complementar a casca do arroz do Prato Fino do Celso Rigo, alimenta a termelétrica de São Borja que com a queima da casca produz a energia elétrica para toda a região de São Borja. E o Vinícius Severo poderia aproveitar e pesquisar e descobrir porque a nossa Cachoeira do Sul no auge das nossas Cooperativas recusou a termelétrica movida a casca de arroz em detrimento da utopia da Terme de Carvão da Celetro, do Benemídio e do Douglas Castens.

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