A   avó  benzedeira;    a mãe curandeira; a jovem intuitiva.  Todas essas mulheres  bebem da sabedoria da bruxaria natural.  Por meio do cultivo de plantas,  da observação das árvores e dos animais,  do uso energético dos cristais  e  de outros conhecimentos ancestrais, a  chamada bruxa verde  celebra a comunhão com a  natureza.

“Bruxaria natural” (Editora Mantra, 172 páginas, R$ 49,90),  de autoria de Paige Vanderbeck, é um livro que se propõe a mostrar  que a bruxaria natural é um resgate de todos estes saberes, é se autoconhecer,   acordar a intuição,  fluir com o natural,   redescobrir os dons de cura, é se empoderar para viver  em plenitude e harmonia  na vida moderna. 

Mediante uma ampla  variedade de instruções  e dicas práticas, o livro diz  que qualquer pessoa pode se tornar  uma bruxa.  Ensina também a  transformar  a  casa em um santuário natural  e  a  descobrir  como preparar um espaço para ser um local  de poder natural e fonte de energia mágica. 

A autora Paige Vanderbeck conta que   uma das primeiras coisas que aprendeu  sobre a bruxaria real foi  que ela é um caminho  para quem deseja viver em harmonia com a Terra. Diz, ainda, que este caminho  é destinado a pessoas  que desejam cultivar e colher plantas com fins medicinais  e  de magia,  e também  honrar  os espíritos  das árvores, dos animais  e até mesmo das rochas  ao seu redor. 

Segundo ela,  muitas das plantas, flores e pedras  têm origens muito antigas e propriedades  tanto medicinais  quanto místicas,   mas os exercícios apresentados no livro  foram planejados  para funcionar no mundo moderno.

A autora Paige Vanderbeck   apresenta   o “The Fat Feminist Wich Podcast”  e  escreve  sobre bruxaria moderna, aceitação da obesidade  e feminismo. 

Trecho:

“Embora não seja necessário  venerar   nenhum  deus ou deusa para praticar a  bruxaria natural, a personificação do desconhecido é algo  que sempre trouxe conforto e compreensão aos humanos.  Muitos deuses antigos ajudavam a explicar como as coisas funcionavam: o Sol erguia-se  por causa do deus do Sol, a Terra foi criada pela deusa dos vulcões, e  até a própria terra  era uma deusa da vida e  da abundância.  Essas histórias  ainda podem servir como inspiração  e como um lembrete  de que houve uma época   em que a magia constituía simplesmente  parte da vida.”
(página 26)

AGES COM NOVA DIRETORIA   

A Associação Gaúcha de Escritores –AGES- escolheu sua nova diretoria para o biênio 2023 e  2024, em assembleia geral realizada no último dia 17. A nova presidente é a  escritora Liana Timm, natural de Serafina Correa e  atualmente residindo em Porto Alegre. Em sua trajetória de escritora produziu 64 livros, sendo 18 individuais de poesia. 

NOVO ANO 
Desejo a todos os leitores deste blog    um novo ano repleto de realizações, com muitas alegrias, saúde e fé. Tudo em meio a livros, autores e muitas histórias para contar. 

Leituras:
“...a    pessoa    é,    em    todo o tempo, ainda nascente.  Ninguém segue uma única vida,  todos se multiplicam em diversos e transmutáveis homens. Agora, quando desembrulho minhas lembranças eu aprendo meus muitos  idiomas.  Nem assim  me entendo.  Porque enquanto me descubro, eu mesmo me anoiteço, fosse haver coisas só visíveis em plena cegueira.”
(Mia Couto, premiado escritor moçambicano, em “Cada homem é uma raça.”). 

Destaques:

POR ESSA  EU NÃO ESPERAVA 

Autora: Jesse Q. Sutanto                          

Nesta comédia romântica  cheia de reviravoltas  sobre  autodescoberta, resgate de raízes e amor intenso,  depois de  ser flagrada  em uma situação vergonhosa com Bredley, seu namorado secreto, Sharlot é obrigada  a  deixar Los Angeles para passar o verão  em Jakarta, na Indonésia, terra natal da mãe.  Jesse Q. Sutanto cresceu entre Indonésia, Singapura e Oxford,   onde fez mestrado.  Pela Editora Intrínseca,  também publicou  “Disque T para titias.”
Editora Intrínseca. 333 páginas. R$ 59,90.

                                                                                                                                                                                                
TINTA BRANCA      

Autor: Alexandre Alliatti                               

Em um domingo de festa, moradores torturam  um jovem imigrante na praça central de uma pequena  cidade do interior gaúcho.  O professor de História  de uma escola local  se vê diretamente envolvido no episódio enquanto ajuda   um homem recém-chegado  a  entender suas origens. Assim começa a história deste primeiro livro de Alexandre Alliatti,  nascido em Curitiba, em 1982,  e  criado em Canoas, RS. Atualmente vive em São Paulo e  trabalha como jornalista.
Editora Patuá. 189 páginas.  R$ 44,90.

(As obras apontadas  no Blog dos Livros  podem ser encontradas   junto à Revistaria e Livraria Nascente,  na Rua Saldanha Marinho,   1423, Cachoeira   do Sul)