Blog dos Livros
Para os fãs de terror
Já está à venda nas principais livrarias físicas e online o thriller “O palhaço do milharal” (345 páginas, R$ 49,90), de Adam Cesare, lançado pelo selo Alta Novel, do Grupo Editorial Alta Books. Na obra, o autor traz de volta a essência do gênero slasher e promete muito sangue.
Em busca de um recomeço, Quinn Maybrook se mudou com o pai para a minúscula e enfadonha Kettle Springs. O que eles não sabem é que, desde que a fábrica de xarope de milho Baypen fechou as portas, a cidade se partiu ao meio.
De um lado, há os adultos desesperados para manter a moral e os bons costumes de Kettle Springs; do outro, os jovens que querem se divertir, fazer vídeos e dar o fora dali o mais rápido possível.
A maior parte da cidade acredita que a culpa é dos jovens. Afinal, foi numa festa do pessoal do ensino médio que a filha de Arthur Hill morreu. E foram eles também que atearam fogo na fábrica e passam o tempo inteiro postando vídeos no YouTube. Para os adolescentes, a situação não é bem por aí.
Em meio a essa guerra que pode acabar destruindo a cidade, Frendo, o mascote de Baypen (um palhaço assustador que usa um chapeuzinho e nariz vermelho) surta e decide que o único jeito de Kettle Springs voltar a prosperar é cortando pela raiz o mal que assola a comunidade.
Adam Cesare é natural de Nova Iorque mas mora na Filadélfia. Tem diversos livros de terror e com “O palhaço do milharal” recebeu o prêmio Bram Stoker na categoria Superior Achievement in a Young Adult Novel. É um ávido fã de filmes de terror e tem um canal no YouTube em que indica livros sobre o assunto.
Trecho:
“Com a maioria do pessoal indo para dentro do celeiro ou correndo para os campos, o palhaço parou de persegui-los. Com uma das mãos, o assassino tirou o bar de cima dos cavaletes e fez do compensado de madeira um escudo. Depois, se levantou e, com o corpo comprido sobre a mesa agora de pé, atirou outra flecha.
Bem na hora, um garoto que estava batendo na porta do celeiro, implorando para entrar, apareceu com uma flecha atravessada no pescoço.”
(página 184)
HISTÓRIAS QUE SE ENTRELAÇAM
De autoria da chilena Sara Bertrand, “A menina do bosque” (Solisluna Editora, 44 páginas, R$ 65,00) conta duas histórias que se entrelaçam: a de uma menina e sua mãe que chegam a uma nova casa e a história que a mãe conta sobre uma princesa que vivia presa em um bosque. A princesa viu sua aldeia queimar, conheceu a violência e refugiou-se em um lago, até que alguém a chama para viver fora da floresta. Do diálogo entre as duas, há reflexões sobre a vida e as mudanças que ocorrem nas pessoas.
RELAÇÃO COM PLANTAS
“Sob efeito das plantas” (Editora Intrínseca, 320 páginas, R$ 50,00), de autoria de Michael Pollan, é um retrato das necessidades e aspirações humanas mais fundamentais e a relação do nosso cérebro com o mundo natural. O autor avalia a poderosa atração humana por plantas psicoativas e lança uma luz sobre compostos que são divididos em drogas lícitas e ilícitas.
Leituras:
“O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.”
(Martha Medeiros, nascida em 20 de agosto de 1961, escritora gaúcha, conhecida como uma das melhores cronistas brasileiras).
Destaques:
AS SETE IRMÃS
Autora: Lucinda Riley
Neste livro, a autora inicia uma saga familiar, contando a história de uma de sete irmãs, Maia. Abalada pela morte do pai e pelo reaparecimento súbito de um antigo namorado, Maia decide seguir as pistas de sua verdadeira origem, que a fazem viajar para o Rio de Janeiro. Lucinda Riley, nascida na Irlanda, escreveu seu primeiro livro aos 24 anos. Suas obras já foram traduzidas para 37 países, vendendo mais de 30 milhões de exemplares. Morreu de câncer aos 55 anos, em 2021.
Editora Arqueiro. 478 páginas. R$ 49,90.
A PESCARIA DO CURUMIM
Autor: Tiago Hakiy
Nos doze poemas da obra, com ilustrações de Taísa Borges, o escritor tece versos recheados de lembranças e afetos sobre um jeito de ser criança que tem muitas relações com a natureza. Cores, peixes, pássaros, costumes e olhares sobre o dia a dia na floresta despertam conversas e a imaginação. As coloridas ilustrações acrescentam riqueza ao universo retratado pelo autor. Tiago Hakiy é poeta, escritor e contador de histórias indígenas. Descendente do povo sateré mawé, nasceu no coração da floresta amazônica, em Barreirinha. Formado em Biblioteconomia, com diversos livros publicados, foi vencedor do concurso Tamoios, em 2012.
Projeto Itaú Social. 36 páginas.
(As obras apontadas no Blog dos Livros podem ser encontradas junto à Revistaria e Livraria Nascente, na Rua Saldanha Marinho, 1423, Cachoeira do Sul)
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