Jogos de tabuleiro saem das mesas para as telas de TV

12/03/2020 09:21

EXTERNAL BR/CASINO

Quando se trata de entretenimento em tempos atuais, as expressões mais fortes que temos em nossas vidas são por meio de espaços virtuais. Plataformas de streaming são parte constante do nosso tempo livre, transmitindo filmes, séries e até mesmo jogos em tempo real para as telas que carregamos em nossas mochilas ou em nossos bolsos.

A dominância do digital sobre o analógico pode até sobrepujar as mídias vistas como mais tradicionais, mas isso não significa que elas tenham perdido qualquer grau de importância. O que se vê, de fato, é o exato oposto, uma vez que esse “tradicionalismo” acaba ganhando formas novas de se reproduzir por meio de novas tecnologias que são implementadas tanto para o novo quanto para o velho na indústria do entretenimento.

Mesmo dentro destas evoluções, tem quem ainda goste das formas mais tradicionais de se consumir cultura e passar o tempo. Todo ano temos em Cachoeira do Sul a Feira do Livro, que apesar do título acaba sendo um evento multicultural que dá luz a oficinas e eventos que tratam de livros, música, teatro e até mesmo jogos.

É justamente no mundo dos jogos que boa parte das inovações tecnológicas que hoje integram o mundo cultural acontecem. Por trás da melhora do poder de processamento de vídeo e de áudio de computadores e celulares, está a demanda por parte dos consumidores de videogames por esses “upgrades” constantes.

Entretanto, até chegarmos a este cenário, os jogos percorreram um longo caminho “analógico”. Parte do caminho foi feito pelos jogos de tabuleiro, que influenciaram em grande parte os videogames de estratégia que hoje são fenômenos de público. E, em tempos atuais, tais jogos tidos como tradicionais acabam encontrando espaço em outras mídias e até mesmo no campo virtual, que usou estes jogos como inspiração para tantos outros.

Do intercâmbio cultural à popularização mundial
A origem dos jogos de tabuleiro é tida há 5 mil anos antes de Cristo, nos tempos em que Egito e Mesopotâmia reinavam como as grandes sociedades do planeta. Foram elas também que praticavam o Senet e o Jogo Real de Ur, jogos de mesa que serviam como passatempo dos vivos e dos mortos, segundo as crenças das nações antigas.

O começo do intercâmbio comercial entre civilizações abriu espaço para que elas também fizessem trocas culturais. As artes e os jogos, como o xadrez e a dama – que são hoje modalidades dos Jogos Abertos de Cachoeira do Sul –, foram os mais afetados, saindo das suas formais originais em países do Oriente e tomando suas versões modernas no Ocidente.

A galope, veio também a popularização desses jogos e as novas formas de jogos de tabuleiros que ganhavam novos acessórios como os mapas e cartas de chance por meio de clássicos como Jogo da Vida e Banco Imobiliário, o último também chamado de Monopoly em sua versão original.

As adaptações – e inspirações – tomam forma
O tamanho sucesso dos jogos de tabuleiro – que também já foram inspiração para a indústria cinematográfica, conforme demonstram os filmes Jumanji e Zathura, uma aventura espacial – logo chamaria a atenção de executivos de outras mídias, que tentariam adaptar para seus mercados de domínio uma nova fonte de ideias. Alguns alcançaram tremendo sucesso, enquanto outros não foram tão bem-sucedidos.

Um dos empreendimentos que alcançaram êxito foi a transformação de jogos de tabuleiro em mídias virtuais. Esse foi o caso do supracitado Monopoly, que ganhou novo formato na plataforma da Betway Cassino, site de caça níquel, podendo ser jogado em tempo real, e também em PCs, consoles e celulares mais modernos. Batalha Naval é outro título que também recebeu uma versão diferente: o filme Battleship, que teve participação da cantora Rihanna em seu elenco. O clássico desenho Caverna do Dragão, dos anos 1980, também é outro exemplo que ilustra essas adaptações, pois se trata da adaptação do jogo de RPG Dungeons and Dragons.

Além disso, jogos de tabuleiro serviram de inspiração para a criação de alguns dos maiores clássicos dos videogames. O game Civilization, que hoje já se encontra em sua sexta edição nos videogames, tem elementos claros de jogos como War e Diplomacia. Algo que se vê também em games que colocam o jogador como comandante de tropas ao longo da história do mundo, como é o caso da série Total War.

Para onde vão os jogos de tabuleiro?
Muitos veem o progresso tecnológico, assim como a adoção de novas tecnologias, como uma linha eternamente em ascensão. No mundo do tabuleiro, isso pode ser evidenciado pela intensa integração entre as formas analógica e digital dos jogos que tem acontecido ao longo dos anos.

Hoje em dia, é possível jogar xadrez contra alguns dos melhores jogadores do mundo por meio do seu browser de internet. Os clássicos Monopoly e Jogo da Vida contam com versões digitais que conectam jogadores pela internet, permitindo que uma pessoa no Japão jogue contra alguém no Brasil em tempo real.

Até o mundo da realidade virtual, que foi retratado no filme Jogador N° 1, de Steven Spielberg, já foi afetado. O game Tabletop Simulator permite que o jogador tenha acesso a vários jogos de mesa e que até 10 pessoas participem das várias modalidades que o jogo carrega.

Entretanto, isso não significa que a forma analógica do tabuleiro tenha perdido força. O que se vê é o oposto, uma vez que grandes peças de mídia, desde videogames até séries de televisão, ganham adaptações para tabuleiro devido ao seu sucesso.

Além disso, a ascensão do RPG Dungeons and Dragons, mencionado anteriormente, tem feito o jogo alcançar novos âmbitos. O melhor exemplo disso é a série de animação Critical Role, inspirada em uma mesa de DnD de mesmo nome transmitida pela plataforma de streaming Twitch – e que terá distribuição pela Amazon.

Logo, as interações, interconexões e intercâmbios que ocorrem desde os tempos antigos, hão de continuar nos tempos atuais. Quiçá até de maneira mais intensa, conforme as barreiras da tecnologia são quebradas em vias de permitir novas formas de expressão para os jogadores de tabuleiro.

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