Blog Da Poesia
Rupi Kaur: Feminismo e Resistência
Rupi Kaur é poetisa e artista plástica. Escritora contemporânea, nascida na Índia em 5 de outubro de 1992, radicada em Toronto, Canadá. Fenômeno das redes sociais utiliza como forma de expressão diferentes meios, entre os quais, vídeos, fotografia, design, ilustrações e a poesia. Invulgar, rompe em suas formas conteúdo e plataformas com estruturas tradicionais.
Inspirada em autoras como Anais Nin e Virgínia Woolf publicou O que o sol faz com as flores e Outros jeitos de usar a boca, este último presença constante na lista dos mais vendidos do The New York Times, inclusive com o primeiro lugar por várias semanas. Sua poética caracteriza-se pelo estilo minimalista, conciso, com textos rápidos e sinceros.
Sua escrita possui uma ironia corajosa, perspicaz e particular. Arguta. Aborda com propriedade e desenvoltura temas que falam de perdas, relacionamentos abusivos, racismo, maternidade e amor (mescla sentimentos de dor, prazer e descobertas). Artista além de espelhos, sem afetações…
Aqui está a jornada de
sobrevivência pela poesia
aqui está o sangue suor lágrimas
de vinte e um anos
aqui está o meu coração
em suas mãos
aqui está
o amor
a dor
a ruptura
a cura.
rupi kaur
sua arte
não é a quantidade de pessoas
que gostam do seu trabalho
sua arte
é
o que seu coração acha do seu trabalho
o que sua alma acha do seu trabalho
é a sua honestidade
que você tem consigo
e você
nunca deve
trocar honestidade
por identificação.
-a todos vocês poetas jovens
você olha para mim e chora
tudo dói
eu te abraço e sussuro
mas tudo pode curar.
É preciso ter elegância
para continuar sendo gentil
em situações cruéis.
Talvez as pessoas mais tristes
sejam as que vivem esperando
por alguém que nem sabem
se existe.
- 7 bilhões de pessoas
a agredida
e a
agressora
- estive dos dois lados
toda vez que você
diz para sal filha
que grita com ela
por amor
você a ensina a confundir
raiva com carinho
o que parece uma boa ideia
até que ela cresce
confiando em homens violentos
porque eles são tão parecidos
com você.
-aos ais que têm filhas
Aqui está a jornada de
sobrevivência pela poesia
aqui está o sangue suor lágrimas
de vinte e um anos
aqui está o meu coração
em suas mãos
aqui está
o amor
a dor
a ruptura
a cura.
rupi kaur