Blog dos Espíritos

15 de maio - Dia Internacional da Família

15/05/2023 09:47 - por Rosane Sacilotto

Família, a primeira escola
“De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida”. Com esse ensinamento de Emmanuel, podemos entender que a família é a base que nos dá sustentação para todo nosso processo reencarnatório, sendo inclusive responsável pelos nossos sucessos e fracassos, pois é a nossa maior escola na vivência carnal, onde podemos vivenciar todas as experiências, provas e expiações.

A palavra família reaviva dentro de nós as sensações de segurança e de aconchego, tal a importância deste grupo como estrutura capaz de nos amparar nas lutas da vida. O momento atual por qual passamos, pela inversão de valores que temos visto no campo moral, requer mais atenção à preservação da harmonia familiar, valioso antídoto à instalação do desequilíbrio no organismo social.

Família e as Leis DivinasSegundo a Doutrina Espírita, o lar terreno representa valiosa oportunidade de aprendizado e prática da seis Divinas, propiciando encontros entre espíritos amigos de muitas existências e até mesmo de desafetos para reajuste e perdão através dos laços do amor e entendimento, constituindo-se assim a primeira e maior escola terrena para nosso processo evolutivo rumo à perfeição. 

Segundo os ensinamentos do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Na união dos sexos, a par da Lei Divina Material, comum a todos os seres vivos, há outra Lei Divina, imutável como todas as Leis de Deus, exclusivamente moral: a Lei de Amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir”.

É imprescindível examinarmos as transitoriedades das ligações corpóreas para entendermos que não existem ligações casuais, que tudo ocorre por um motivo e com uma finalidade, para entendermos que não podemos nos esquecer e nem abandonar os deveres que nos são apresentados dentro de nossos lares. Se não conseguimos nos entender dentro de uma casa pequena com nossos familiares mais íntimos, como poderemos nos entender e amar nosso próximo mais distante de nós? Antes de nos projetarmos em obras coletivas, devemos aprender a cooperar e nos entender com aqueles que partilhamos o lar, a mesa e as dificuldades diárias.

Família e valores
Ainda através das instruções sempre benéficas de Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, elucidamos que “os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem”.

Preconiza-se na atualidade uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, aos poucos, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos e objetivos. Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa temos o ambiente justo. Meios corrompidos significam o fracasso e a não vigilância contra a desordem e o desequilíbrio.

A Seara do Cristo não tem fronteiras, se estás sozinho com sua fé, no recesso do próprio lar, deve o espírita atender ao testemunho de amor que lhe cabe, lembrando-se que responderá, a seu tempo, pelos princípios que abraça. Desta forma, se buscamos a paz, a amor e a harmonia dentro de nossos lares, sejamos nós a começar pela prática da caridade e amor que Cristo nos ensinou, edificando nossa morada terrena e buscando nosso reajuste com aqueles que ainda temos desentendimentos e dificuldades, auxiliando-nos mutuamente no caminho da evolução e do progresso.

No lar onde exista uma só pessoa que creia sinceramente em Jesus e se lhe adapte aos ensinamentos redentores, pavimentando o caminho pelos padrões do Mestre, aí permanecerá a suprema claridade para a elevação espiritual. O cristão, onde estiver, encontra-se no domicílio de suas convicções regenerativas, para servir a Jesus, aperfeiçoando e iluminando a si mesmo. Não nos esqueçamos de que se verdadeiramente aceitamos o Cristo e a Ele nos afeiçoamos, seremos conduzidos para Deus, nós e nossos lares.

KARDEC, Allan – “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Livro dos Espíritos”.
Xavier, Francisco Cândido (Emmanuel) – “O Consolador”, “Pão Nosso”.

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