Blog dos Espíritos

Doação de órgãos e Espiritismo

13/02/2023 09:09 - por Rosane Sacilotto

Dentre os sublimes avanços da medicina, na incessante busca de amenizar sofrimentos físicos, um que tem se mostrado dos mais vitoriosos é o que cuida dos transplantes de órgãos. E, obviamente, para que haja um transplante de órgão, há de haver, precedendo-o, sua disponibilidade. É aí que a doação se insere neste contexto.

Consideramos que a medicina terrena é bênção divina, acompanhada de perto por Espíritos de elevada caridade e competência, os quais, sob orientação direta do Mestre Jesus, fazem aportar no planeta Terra, no tempo certo, benesses balsâmicas no trato das doenças, propiciando a cura delas ou o alívio da dor que causam. Dessa forma, os progressos da medicina têm aval espiritual protetor. Disso não há o que duvidar. Os transplantes constituem uma sublime benesse. Salvam vidas. Aliviam dores. 

A DOAÇÃO

A doação de órgãos consiste na remoção dos órgãos ou tecidos de um voluntário com o objetivo de transplantá-los para auxiliar o tratamento de saúde de outros pacientes. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de alguns órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida, enquanto o restante somente ocorre quando há morte encefálica. 

Os órgãos doados são encaminhados para pacientes que aguardam por um transplante, um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão de uma pessoa doente pelo de um doador. 

No Brasil, são os parentes que autorizam a doação por isso é de suma importância que a pessoa que tem o desejo de ser um doador expresse sua vontade ainda em vida aos seus familiares. 

TUDO QUE TEMOS SÃO EMPRÉSTIMOS DIVINOS

Estamos vivendo num mundo de provas e expiações e tudo que adquirimos são empréstimos para passarmos por nossas provas. É aqui que erramos, aprendemos e evoluímos. Com esse conhecimento, podemos repassar algo que pode mudar a vida das pessoas.

A doação deve ser voluntária e consciente. Para o doador, é um exemplo de desapego à matéria. Ao fazer este gesto, expressamos a sublimidade do amor incondicional em benefício do próximo. Para o receptor, é um exemplo da misericórdia divina que permite a continuidade da existência física.

Já nos disse Divaldo Franco: “Não pode haver maior dádiva do que oferecer algo que não nos é mais útil e que vai salvar uma vida”.

Ao serem desligados todos os laços que prendem o Espírito à matéria, esta começa seu estado de decomposição, mesmo com os aparelhos mantenedores da vida ligados. Baseado nesses conhecimentos fica claro que, no momento em que ocorrer a retirada de órgãos para doação, o Espírito ainda estará ligado ao corpo, ocorrendo uma repercussão psicológica e perispiritual. Quanto a isto, o médim Chico Xavier nos deixou a lição: “Mesmo que a separação entre o espírito e o corpo não se tenha completado, a espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e sofrimentos aos doadores. A doação de órgãos não é contrária às Leis da Natureza, porque beneficia, além disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos científicos, colocando-os a serviço de vários necessitados”.

REJEIÇÃO

Cada ser humano tem todo um acervo de realizações positivas e negativas ao longo de inúmeras existências terrenas. Por isso mesmo, sendo diferentes as vibrações energéticas perispirituais do doador e do receptor, o órgão a ser transplantado não encontrará sintonia vibracional no destino.

Daí advém a rejeição orgânica, que na verdade espelha diferença nos complexos, quanto sutis sistemas vitais de um e de outro, regulando o equilíbrio nos interplanos – material e espiritual.

Nesse caso, somente com altruísmo da parte do doador e com gratidão da parte do receptor, acreditamos que essa discrepância vibratória tenderá a ser atenuada, sob supervisão de Espíritos protetores.

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E DESPRENDIMENO MATERIAL

Considerando que o corpo físico se inclui no rol dos bens que o Criador coloca à disposição da criatura humana no seu roteiro existencial terreno, não deverá o homem se julgar detentor eterno desse bem, mas apenas responsável pela sua boa conservação, no período de utilização.

Se nessa etapa terrena há a oportunidade de uma última ação de amor ao próximo, por que não investir nessa poupança celestial?

A Lei Divina de Ação e Reação, de ação automática e permanente, muito beneficiará o doador, além do que o beneficiado (e seu anjo guardião), seus parentes, amigos e a própria equipe médica envolvida, estarão todos direcionando a ele, doador, vibrações positivas, em preces de gratidão. Para o doador desencarnado isso é bênção incomparável.

Doar órgãos é ato de amor, complementar aos que tenham sido realizados em vida. Só trará benefícios a quem o faça. E pessoa alguma há que, após passar por um transplante, continue a mesma. Daí, a auto-reforma.

Portanto, lembramos que nas instruções do grande arquiteto que rege o universo não há espaço para injustiça e o transplante de órgãos é valiosa oportunidade, dentre tantas outras colocadas à nossa disposição, para o exercício da caridade.

KARDEC, Allan – “O Evangelho Segundo o Espiritismo”; “O Livro dos Espíritos”; “A Gênese”;

FRANCO, Divaldo – “Seara de Luz”;

XAVIER, Francisco Cândido – “Evolução em Dois Mundos”.

Faça seu login para comentar!
22/04/2024 08:43

Provas e expiações

15/04/2024 10:00

Autoridade de Jesus

08/04/2024 11:33

A porta estreita

25/03/2024 11:01

Deus e o Espiritismo

18/03/2024 10:45

O verdadeiro espírita

11/03/2024 09:40

Fé raciocinada

04/03/2024 09:42

O passe espírita

26/02/2024 10:38

A casa espírita

19/02/2024 09:32

O grão de mostarda

05/02/2024 09:49

O Consolador Prometido