Blog dos Espíritos
Escala espírita
Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, quer dizer, sem ciência e sem experiência. Deu a cada um determinada missão com o fim de esclarecê-los e fazê-los alcançar, progressivamente, a perfeição para o conhecimento da verdade e para aproximá-los Dele. A felicidade eterna e pura é para aqueles que alcançam essa perfeição.
E o momento em que cada Espírito encontra-se, seu grau de aperfeiçoamento e de elevação, irá determinar a que ordem da escala ele pertence.
A classificação dos Espíritos, portanto, baseia-se sobre o grau de seu adiantamento, sobre as qualidades que adquiriram e sobre as imperfeições das quais devem ainda se despojar.
As muitas moradas na casa do Pai
Cada Espírito vai habitar o mundo que é compatível com seu estado evolutivo; a casa do Pai é o Universo, oferecendo a cada um a morada apropriada ao seu adiantamento.
Os ensinamentos que os Espíritos Superiores nos trazem são de que os mundos estão em condições muito diferentes uns dos outros, com relação ao grau de adiantamento ou de inferioridade de seus habitantes.
Há mundos inferiores à Terra, outros em igual situação e outros, mais ou menos superiores. Nos mundos inferiores o mal se sobressai, a vida é toda material e a vida moral é quase nula. À medida que o senso moral se desenvolve, a influência da matéria diminui e assim sucessivamente, até que a vida seja totalmente espiritual, nos mundos mais avançados.
Categorias principais
Os Espíritos, geralmente, consideram três categorias principais, subdivididas em classes conforme o estado moral de cada um. “Na última, a terceira ordem, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela inclinação ao mal. Os da segunda caracterizam-se pela predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem, são os bons Espíritos. A primeira compreende os Espíritos puros, aqueles que alcançaram o supremo grau de perfeição”.
Chave da ciência espírita
O codificador Allan Kardec, orientado pelos Espíritos Superiores, organizou um quadro apresentando as principais diferenças, em ordem e classes, deixando mais fácil determinar a superioridade ou inferioridade dos Espíritos com os quais podemos entrar em comunicação e, por consequência, o grau de confiança e de estima que merecem.
É de alguma forma a chave da ciência espírita, porque pode nos informar as anomalias que as comunicações apresentam, esclarecendo-nos quanto às desigualdades intelectuais e morais dos Espíritos.
Entretanto, é importante observar que os Espíritos não pertencem para sempre a uma classe, exclusivamente; seu progresso se realiza gradualmente e, o mais frequentemente, em um sentido mais que em outro, podendo reunir caracteres de varias categorias, o que se pode constatar pela sua linguagem e pelos seus atos.
Os Espíritos encarnados em um mundo a ele não estão ligados indefinidamente, e não cumprem nele todas as fases que devem percorrer para atingir à perfeição. Atingindo naquele mundo o progresso a que ele comporta, passam a outro mais avançado, e assim sucessivamente até que tenham atingido o estado de Espíritos puros.
Continuaremos desenvolvendo o tema na próxima segunda-feira.
(O Livro dos Espíritos, Lv II, cap. I, Q.100; O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. III)