Blog dos Espíritos

O homem de bem

31/10/2022 08:55 - por Eleni Maria Machado

Por que indícios se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita? O Espírito prova sua elevação, quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus e quando antecipadamente compreende a vida espiritual.

Verdadeiramente, o homem de bem é o que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se interrogar a sua consciência sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo bem que podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim, se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.

Justiça e Jesus


O objetivo da justiça é reparar o dano causado pelo infrator, tornando-o útil à sociedade na qual está inserido.

A justiça trabalha em favor da educação, utilizando-se de métodos disciplinares, inclusive limitando a liberdade do delinquente, a fim de poupá-lo, bem como a comunidade, de males mais graves.

Quando a justiça se corrompe, o homem comete desatinos e o abuso da autoridade conduz aos extremos da sandice.

Em uma sociedade justa, todos desfrutam de oportunidades iguais de progresso, em face de uma idêntica distribuição de rendas. Nela, o forte ampara o fraco, o sadio socorre o enfermo, o jovem ajuda o idoso, comportamento natural, decorrente de uma consciência clara de dever, que estabelece a felicidade como consequência da solidariedade entre as diversas criaturas.

O caminho


À medida que o homem desenvolve os sentimentos e a inteligência se aprimora, as suas leis são mais brandas e a sua justiça mais imparcial.

Do primitivismo da “lei do mais forte” até alcançar os princípios elevados, nos quais, a responsabilidade pessoal tem prioridade nos membros de uma sociedade, é longo o caminho a percorrer para que seja alcançado o respeito do homem pela vida, pelo próximo, pela natureza, pela justiça sem arbitrariedade, sem punição.

Não por acaso Jesus é nosso modelo e guia, pois que se fez o paladino da justiça equânime. Tinha sempre uma atitude igual para com todos: de benevolência, sempre com o objetivo na educação do ser humano.

Ele conhecia a humanidade; sabia que os homens se diferenciam pelas suas conquistas intelectuais e morais, e que a hierarquia na qual se encontram é de aquisição pessoal e, sem desmerecer ou privilegiar, a todos proporcionava as mesmas condições e oportunidades, jamais se excedendo com qualquer um deles.

Justiça e consciência


Emaranhado nos próprios erros e tropeçando nas malhas da incompleta justiça humana, reeduca-te!

Vítima das circunstâncias infelizes que te pesam, confia em Deus e aguarda!

Injustiçado e sob arbitrária cobrança, não te desesperes!

Paga agora o que esqueceste de regularizar ontem, certo de que a falência das leis terrenas não te exime de ser alcançado pela Divina Justiça.

Melhor que estejas sob reparação de compromissos, dos quais não te recordas, do que gozando de liberdade física, mas carregando a consciência culpada que se esconde na ilusão.

A real justiça sempre encontra o infrator.

Por tua parte, sê justo, calmo, tranquilo para com todos, tomando como modelo de comportamento Jesus, que nunca se recusava.

O Livro dos Espíritos, 3ª Parte, Cap. XII, Allan Kardec; 
Jesus e Atualidade, Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, cap. 7.

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