Em 2017, Jordan B. Peterson se tornou um  dos pensadores  mais populares do mundo,  depois de décadas de ajuda  a  seus clientes   como psicólogo  clínico e como professor  em Harvard e na Universidade de Toronto. Suas palestras no YouTube,  que descrevem as profundas conexões  entre neurociência, psicologia e as mais antigas histórias da humanidade, atraíram milhões de espectadores do mundo todo com suas mensagens fortes,  mas perspicazes,  sobre responsabilidade  pessoal e o sentido que ela atribui à vida.

Em   uma  época de mudanças sem precedentes, em que as estruturas familiares desmoronam,   a  educação se degenera  em doutrinação e  a sociedade  política está perigosamente  polarizada, o seu livro “12 regras  para a vida” (Editora Alta Books,  412 páginas, R$ 49,90)  surge como um andítodo chamado  pelo autor simplesmente de verdade,  uma verdade muito antiga aplicada a problemas  muito atuais.

De forma divertida, surpreendente e informativa, o autor em seu livro fala de disciplina, coragem e  da necessidade  de um pensamento claro e verdadeiro, destilando as descobertas   da ciência e as lições dos grandes mitos do mundo em 12 diretrizes  profundas para viver de forma correta enquanto  permanecermos imersos na ordem e no caos de nossas vidas. Segundo a escritora Camille Paglia, “Jordan Peterson é o mais importante e influente pensador canadense desde Marshall McLuhan e  sua fama e impacto internacional  continuam a   crescer exponencialmente.”  Na opinião de Camille, “a síntese ousada e interdisciplinar de Peterson combinando psicologia, antropologia, ciência, política e religião comparada  cria um modelo acadêmico genuinamente humanístico  do futuro.”

Jordan B. Peterson   foi consultor do secretário-geral da ONU,  ajudou pacientes clínicos a lidarem com depressão,  transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade e  esquizofrenia,  atuou   como consultor  de sócios de grandes escritórios de advocacia  e palestrou por toda a América do Norte e Europa.  Publicou mais de uma centena de artigos científicos,  transformando a compreensão moderna  da personalidade. 

Nascido em 12 de junho de 1962, em Edmonton, Canadá,  é casado com Tammy Peterson e   tem dois filhos. Tem feito importantes intervenções públicas comentando assuntos polêmicos, principalmente nas redes sociais. É considerado um dos grandes intelectuais da atualidade, não só pela imensa fama alcançada  como também pelo conteúdo compartilhado.

Trecho:
“Você   precisa   determinar onde está indo em sua vida, pois não conseguirá chegar lá a menos que se mova naquela direção. Vagar aleatoriamente não o levará adiante. Apenas o deixará frustrado, decepcionado, ansioso e infeliz,  e o tornará uma pessoa difícil de conviver (e depois, rancoroso e até vingativo, e ainda pior).
Diga   o  que quer dizer para que possa descobrir  o que quer dizer. Aja de acordo  com o que diz para que possa descobrir o que acontece. E então preste atenção.
Perceba seus erros.  Articule-os. Esforce-se  para  corrigi-los.  É assim que você descobre o significado de sua vida. Isso irá protegê-lo  da tragédia de sua vida.  Como poderia ser diferente?”
(página 293)
    
MORTE DE LYA LUFT    
A notícia triste  no final do ano foi a morte da escritora gaúcha Lya Luft, aos 83 anos, de câncer de pele. Autora de 31 obras,  natural de Santa Cruz do Sul,  publicou seu primeiro livro em 1964, a antologia de poemas “Canções de Liminar.” Escritora premiada, inclusive pela Academia Brasileira de Letras pelo romance “O tigre na sombra,” em 2003, Lya  foi também tradutora e professora. Entre seus romances mais importantes estão “As parceiras” e “Perdas & Ganhos,” este em 2003, que vendeu mais de 600 mil exemplares, com edições em inglês, alemão, espanhol, francês e italiano.

CRISE DE MASCULINIDADE  
“Seis balas num buraco só” (Editora  Objetiva,  376 páginas, R$ 79,90), de João Silvério Trevisan,   é um livro que propõe uma reflexão profunda e provocativa  sobre o machismo, a misogonia e  a homofobia. O autor revela  como estão vivas e  atuantes  as resistências dos setores progressistas  e mais vulneráveis da sociedade,  exemplificados  nas correntes feministas, movimentos LGBTQ+,  especialmente  diante de governos  como Donald Trump e Jair  Bolsonaro.

Leituras:
“Há  gente que, em vez de destruir, constrói; em lugar de invejar, presenteia; em vez de envenenar, embeleza; em lugar de dilacerar, reúne e  agrega.” 
(Lya Luft, escritora gaúcha, nascida em Santa Cruz do Sul,  falecida em 30 de dezembro de 2021, aos 83 anos.)

Destaques:
UMA CHANCE DE LUTAR

Autora: Elizabeth  Warren                  

Nesta autobiografia, a senadora dos Estados Unidos pelo estado de Massachusetts apresenta um relato apaixonado que fez dela uma das figuras  mais influentes dos Estados Unidos na atualidade,  várias  vezes cotada como possível pré-candidata do Partido Democrata à presidência.  Especialista em economia  e ex-professora de Direito de Harvard,  já lançou nove livros. É amplamente reconhecida  por ter idealizado a  agência  de proteção financeira  ao consumidor do governo americano,   atuando como assistente  do presidente Barack Obama. 
Editora Intrínseca. 396 páginas.  R$ 9,90.
                                                              
TODAS AS COISAS QUE EU TE ESCREVERIA SE PUDESSE

Autor: Igor Pires                            

O autor é paulista, formado em Publicidade,  estudante de jornalismo e  criador da série “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente.” Quarto livro do autor, “Todas as coisas que eu te escreveria se pudesse”  é uma coleção de textos poéticos sobre as impressões que ficam  quando alguém vai embora. Conforme ele mesmo diz, “é um livro sobre o amor, sobre amar e  deixar ir,  sobre ser intenso  e  abraçar sua intensidade,  sobre dizer  e  sentir tudo sem gaguejar,  sobre enfrentar a dor  e  aceitar  que a cura é um processo  contínuo,  não linear.”
Editora Alt. 349 páginas. R$ 49,90.            

(As obras apontadas  no Blog dos Livros  podem ser encontradas   junto à Revistaria e Livraria Nascente,  na Rua Saldanha Marinho,   1423, Cachoeira do Sul)