Blog dos Espíritos
O Advento de Natal
Sob a perspectiva do Espiritismo
A Doutrina Espírita amplia a reflexão do Natal para muito além da comemoração do nascimento de Jesus. É o advento da luz divina na Terra, o ponto de inflexão espiritual da história humana, o momento simbólico em que o Cristo, Espírito puro e guia da humanidade, nasceu entre nós, trazendo o Evangelho como roteiro de libertação. É um acontecimento que ultrapassa o tempo, ecoando através dos séculos, convidando-nos ao reencontro com nossa essência espiritual.
Allan Kardec, ao tratar da figura de Jesus, apresenta-o não apenas como um missionário, mas como o “Espírito mais puro e mais elevado que já esteve na Terra”, enviado para revelar a lei divina em sua expressão mais sublime (“O Livro dos Espíritos, questão 625). Kardec ainda reforça, em “A Gênese’, que: “Jesus é o Messias divino, enviado para esclarecer os homens e guiá-los no caminho da verdade”.
Assim, o advento de Jesus e, por consequência, o simbolismo do Natal, representa a vinda do mais alto representante da espiritualidade superior, cuja missão é iluminar, educar e transformar. Jesus inaugura uma nova era moral para a humanidade. Kardec explica que o Cristo veio “mostrar o caminho da felicidade futura” (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”). Seu nascimento marca o início de um processo que mudaria o destino espiritual da Terra.
Léon Denis afirma em “Cristianismo e Espiritismo”: “A presença do Cristo na Terra representa o maior acontecimento espiritual da humanidade; uma luz nova se acendeu e jamais se apagará”. A vinda de Jesus, portanto, não é apenas um marco histórico, mas um divisor de águas espiritual, que segue influenciando consciências através dos milênios.
A manjedoura, o Evangelho e o Reino de Deus
Jesus poderia ter nascido entre palácios, mas escolheu a simplicidade. Emmanuel, no livro “O Espírito da Verdade”, ensina: “O Mestre escolheu um berço humilde para que compreendêssemos que a verdadeira grandeza nasce na simplicidade e no serviço”. Assim, o cenário do Natal recorda que a luz divina se manifesta com suavidade e humildade, e que o advento do Cristo não busca glórias humanas, mas a transformação interior.
O advento do Natal é o prelúdio da mensagem que Jesus trouxe: o Evangelho do amor, da misericórdia e da fraternidade universal. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Kardec afirma: “Jesus consola, mas também esclarece; alivia, mas também instrui”. O Natal, portanto, celebra a chegada desse Consolador sublime, cujas palavras permaneceram para orientar todas as gerações.
Evolução da moral cristã
Com Jesus, surge a moral mais avançada que já conhecemos, moral essa que o Espiritismo explica, amplia e fundamenta. O Natal marca o início desse processo de ascensão moral. Emmanuel ensina em “Vinha de Luz”: “No Cristo, a humanidade encontra a luz para todos os seus caminhos, e o Natal é o marco desse despertar”.
Segundo “A Gênese”, estamos ingressando no período de regeneração. O Natal, nesse contexto, é símbolo da renovação espiritual coletiva, vem para nos lembrar e reafirmar esse compromisso que temos com o progresso moral de cada um de nós e de toda humanidade.
Jesus é o modelo do “Homem de Bem” descrito no capítulo XVII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, e seu exemplo é o alicerce da transição para o mundo novo. Assim, cada Natal é um lembrete de que a regeneração começa em nós.
Assim, o Natal vem nos lembrar do que realmente importa: caridade, fraternidade, presença de Jesus em nossos corações, o cumprimento das leis divinas e a busca permanente do melhoramento moral de cada um de nós. Assim, o advento do Natal é também um momento de harmonia vibratória, onde a luz divina se estende com mais intensidade sobre corações receptivos. Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, sintetiza a essência: “Quando Jesus nascer em ti, o Natal se fará permanente”.
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