Blog dos Espíritos
Os excessos e a proteção da espiritualidade
Carnaval e o plano espiritual
Chegamos a mais um Carnaval, época que para muitos representa dias de descanso, de viagens, mas que também é cercada de festas, de música, de alegria e de muitos excessos de todos os tipos, e é exatamente nesse ponto que vamos fixar nossas reflexões. Neste período, muitas pessoas aproveitam para extravasar sua energia em forma de alegria, por vezes exagerada.
Também há nesse período o crescimento da violência, aumento do número de crimes, como assaltos, estupros, assassinatos e agressões das mais variadas formas.
Enquanto tudo isso acontece no plano físico, no plano espiritual a movimentação consegue ser ainda mais intensa. Espíritos temporariamente inferiores se aproveitam para intensificar processos obsessivos, incentivando encarnados a cometerem todo tipo de abusos, seja com bebidas, sexo, drogas e até mesmo utilizando de violência, indo de atos absurdos a crimes.
Há ainda Espíritos que não conseguiram se desvencilhar dos vícios do corpo físico e consomem seus vícios por intermédio dos encarnados, os estimulando ao consumo desregrado, os chamados Espíritos vampirizantes. Tudo isso leva à formação de uma psicosfera muito pesada na Terra, o que exige um trabalho intenso dos benfeitores espirituais para o auxílio necessário.
O trabalho de socorro espiritual
No livro “Nas fronteiras da loucura”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, o benfeitor espiritual descreve o período do Carnaval de 1968 na cidade do Rio de Janeiro, e todo o trabalho socorrista realizado naquela cidade para amparar espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados.
Descrevem-nos os espíritos que participaram ali dos trabalhos que a psicosfera da cidade era terrível. Os encarnados, através das suas atitudes descontroladas, do sexo irresponsável e promíscuo, se envolviam em situações de tal forma que as entidades desencarnadas que se compraziam daquele tipo de comportamento se acoplavam a eles de uma maneira que os benfeitores já não sabiam se era o encarnado que vivia aquele momento ou se era o desencarnado — porque eles pareciam um só.
Os desencarnados levavam os encarnados à perda total do controle dos sentidos e do corpo. O que Allan Kardec descreve em “O Livro dos Médiuns” como sendo um processo de obsessão chamado subjugação, que é quando o indivíduo já não tem mais controle dos seus atos e fica à mercê daquele espírito. É claro que esse tipo de comportamento levava todas aquelas pessoas ali a situações deploráveis, como a aquisição de doenças sexualmente transmissíveis e outras consequências.
Passados aqueles momentos, ainda persistiam os sintomas de obsessão. Os encarnados seguiam sendo perseguidos por aqueles obsessores, porque eles se conectavam vibracionalmente. E uma vez aberta essa porta, tornam-se casos obsessivos de difícil resolução.
Sobre os excessos e gozos materiais, Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 713, refere a seguinte resposta dos Espíritos: “O homem, que procura nos excessos de todo gênero o requinte do gozo, coloca-se abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quando satisfeita a sua necessidade, abdica da razão que Deus lhe deu por guia e quanto maiores forem seus excessos, tanto maior preponderância confere ele à sua natureza animal sobre a sua natureza espiritual. As doenças, são, ao mesmo tempo, o castigo à transgressão da lei de Deus”.
Vigiai e orai
O alerta da espiritualidade é justamente para termos cuidado, pois não é errado nem proibido a diversão, mas temos que estar cientes que estaremos nos expondo a ambientes com numerosos espíritos em sua imensa maioria ainda em estágios de inferioridade e ignorância, pois quando nos envolvemos nesses ambientes estamos nos expondo a locais onde existem as mais variadas formas de obsessão.
Vigiemos então nossas ações de forma redobrada nessa época. Utilizemos da oração, que é uma ferramenta importante, principalmente nesses momentos de instabilidade energética. Através da prece podemos ajudar a dissipar toda essa energia pesada que fica na psicosfera terrestre.
Que possamos ter um período de Carnaval tranquilo, que procuremos atividades que nos tragam refazimento espiritual, harmonia e paz. E que possamos contribuir também para a psicosfera do planeta, unindo-nos em bons pensamentos, criando uma corrente energética que envolva toda a Terra em vibrações de paz, de amor, de solidariedade, de fraternidade. Que sigamos acolhendo esses espíritos que necessitarão, com certeza. Sejamos, cada um de nós, um ponto de luz para apoiar todas as equipes espirituais que estão agindo durante esse período no socorro e auxílio a todos que necessitarem.
FRANCO, Divaldo - Manoel Philomeno de Miranda. “Nas fronteiras da loucura”.
KARDEC, Allan. "O Livro dos Espíritos"; “O Livro dos Médiuns”.
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