A lenda conta a história de uma jovem mulher que acabou falecendo de motivos obscuros, ainda cheia de sonhos e de coisas para realizar. Dizem que nunca tinha arrumado um namorado, e a vontade se seguiu depois de morta. Era tanta vontade de viver que ela não sabia que já havia morrido.

Desconhecendo sua própria morte, ou fingindo-se de esquecida, acabou perambulando pelas ruas. Há relatos de visualização deste fantasma em diversas cidades do Brasil. Esta misteriosa figura, frequentemente vestida com trajes vermelhos ou brancos, tem o poder de encantar os homens solitários que frequentam bares.

Ela é descrita como uma alma penada em um corpo jovem e sedutor, capaz de se aproximar dos homens, já entorpecidos pela bebida, e cativá-los com sua presença. A moça, depois de um contato inicial, solicita que o homem a acompanhe de volta para sua casa, e, deslumbrado pela beleza enigmática dela, ele aceita prontamente.

Contudo, ao se depararem com um muro imponente, a jovem para, diz que já chegaram e o convida a entrar. O momento de encanto é interrompido quando o homem percebe, surpreso, que estão diante de um cemitério. Nesse instante, a moça misteriosa desaparece, e o sino da igreja ecoa, marcando a meia-noite.

É como um chamado, avisando uma Cinderela do além que o baile chegara ao fim, pelo menos até a próxima noite.