Blog dos Espíritos

Lei de Destruição

16/10/2023 10:15 - por Rosane Sacilotto

Destruição necessária ou abusiva
A destruição necessária ocorre na Natureza tendo em vista a natural transformação biológica, a renovação e até a melhoria das espécies. Dessa forma, os Espíritos Superiores nos esclarecem: “Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar; porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.

As criaturas são instrumentos de que Deus se serve para chegar aos fins que objetiva. Para se alimentarem, os seres vivos reciprocamente se destroem, destruição esta que obedece a um duplo fim: manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e utilização dos despojos do envoltório exterior que sofre a destruição.

Sempre, porém, é apenas esse envoltório que é destruído; e ele é simples acessório, não a parte essencial do ser vivo. A parte essencial é o princípio inteligente, que não se pode destruir e se elabora nas metamorfoses diversas por que passa”.

Porém, a destruição abusiva não está prevista na Lei Natural porque coloca em risco a vida no Planeta. Por isso o criador cercou a natureza de meios de conservação e preservação, para que a destruição não ocorra antes do tempo. “Toda destruição antecipada obsta ao desenvolvimento do princípio inteligente. Por isso foi que Deus fez que cada ser experimentasse a necessidade de viver e de se reproduzir”.

Ainda segundo os Espíritos Superiores da Codificação, “essa necessidade de destruição se enfraquece no homem, à medida que o Espírito sobrepuja a matéria. Assim é que, como podeis observar, o horror à destruição cresce com o desenvolvimento intelectual e moral”.

Destruição e evolução
A Lei de Destruição é o complemento do processo evolutivo, visto ser preciso morrer para renascer e passar por milhares de transformações e reencarnações, animando formas corporais gradativamente mais aperfeiçoadas, e desse modo, gradativamente, os seres vão passando por estados de consciência cada vez mais lúcidos, até atingir, na espécie humana, a razão e a consciência. Talvez a Lei de Destruição possa ser melhor compreendida se a virmos como uma lei de transformação.

“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real. Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a sua solicitude.

A humanidade progride. Esses homens, em quem o instinto do mal domina e que se acham deslocados entre pessoas de bem, desaparecerão gradualmente, como o mau grão se separa do bom, quando este é joeirado. Mas desaparecerão para renascer sob outros envoltórios. Como então terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. Tens disso um exemplo nas plantas e nos animais que o homem há conseguido aperfeiçoar, desenvolvendo neles qualidades novas. Pois bem: só ao cabo de muitas gerações o desenvolvimento se torna completo. É a imagem das diversas existências do homem”.

Destruição abusiva e conscientização
A destruição abusiva é, sob qualquer aspecto, uma violação à lei de Deus. Nesse sentido, o ser humano tem papel fundamental diante dos demais seres vivos, ao dizimar, em larga escala, os demais seres da criação, seja para alimentar a crescente população humana, ou utilizando-se dos animais e vegetais em inúmeras indústrias de transformação, que lhe proporcionam múltiplas utilidades.

Sabemos, porém, que a destruição abusiva irá desaparecer, gradativamente, da Terra, em razão do progresso moral e intelectual do ser humano. Hoje em dia já existe um número significativo de indivíduos e organizações, espalhados pelo mundo, seriamente trabalhando para que a vida no Planeta se desenvolva num clima de equilíbrio, o que demonstra uma conscientização mais ampla a respeito desse assunto.

Os animais não destroem mais do que necessitam, mas o homem, que tem o livre-arbítrio, destrói sem necessidade. Assim, podemos dizer que matar um animal para saciar a sua fome é necessário, mas matar pelo prazer da caça é abusivo.

E como ensinamento importante desta Lei Natural, temos o alerta dos Espíritos da Codificação: “O homem deve procurar prolongar a vida para cumprir a sua tarefa. Tal o motivo por que Deus lhe deu o instinto de conservação, instinto que o sustenta nas provas. A não ser assim, ele muito frequentemente se entregaria ao desânimo. A voz íntima que o induz a repelir a morte lhe diz que ainda pode realizar alguma coisa pelo seu progresso. A ameaça de um perigo constitui aviso para que se aproveite da dilação que Deus lhe concede. Mas, ingrato, o homem rende graças mais vezes à sua estrela do que ao seu Criador”.

25º Mês Espírita de Cachoeira do Sul
Em mais uma semana de programações do 25º Mês Espírita de Cachoeira do Sul, na próxima quinta-feira, dia 19 de outubro, receberemos na Sociedade Espírita João de Deus o palestrante Guilherme Dell Valle, às 20h. Todos convidados.

KARDEC, Allan – “O Livros dos Espíritos”.

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