O que o Piquiri precisa aprender com as enchentes

3º LUGAR ARTIGO
LAVÍNIA ROCHA ALVES
ESCOLA MUNICIPAL SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
PROFESSORA ORIENTADORA: CAROLINE DA SILVA PACHECO XAVIER

Meu nome é Lavínia, moro no Piquiri, interior de Cachoeira do Sul, e estudo na Escola Sagrado Coração de Jesus, no 8° ano. Em 2025, vi novamente de perto mais uma enchente que deixou muitas famílias da nossa comunidade em situação difícil. A chuva começou à noite e, pela manhã, várias casas já estavam alagadas, inclusive a dos meus tios. A água chegou tão perto da escola que quase entrou no pátio.

Muitos moradores perderam móveis, eletrodomésticos e objetos importantes. Vi mães com bebês sem ter onde ficar, e isso deixou todos muito preocupados. Minha família tem uma pousada, e conseguimos ajudar meu tio, minha tia, meu primo e outra família que tinha um bebê de poucos meses. Até os animais precisaram ser resgatados, porque ficaram ilhados durante a enchente. 

As pessoas que perderam suas casas foram levadas ao salão comunitário, onde receberam cobertores e travesseiros. Com o tempo, também ganharam cestas de alimentos e colchões. Mas não adianta receber ajuda se o problema continuar se repetindo todos os anos. O que a comunidade precisa é de uma solução que evite a repetição do problema.

Depois da enchente, foram feitas algumas valetas para ajudar a água a escoar, o que trouxe uma pequena melhora. No entanto, isso ainda não resolve o problema, o ideal seria construir uma galeria pluvial, que permita o escoamento rápido e seguro da água, evitando que ruas e casas fiquem inundadas. Também é fundamental que os rios e bueiros sejam limpos com frequência e que cada morador faça sua parte, cuidando do lixo e do meio ambiente.

As enchentes no Piquiri não são apenas culpa da chuva, mas também da falta de cuidado e planejamento. Se todos – moradores e autoridades – se unirem, poderemos evitar que tantas famílias passem por isso novamente. Cuidar da nossa comunidade é cuidar uns dos outros.