Blog dos Espíritos

Autoridade de Jesus

15/04/2024 10:00 - por Rosane Sacilotto

A mais de dois mil anos, Jesus veio à Terra como o filho enviado por Deus para trazer à humanidade a mensagem de paz. Em sua missão estava a implantação do amor nos corações humanos para transformá-los, tornando-os pessoas melhores rumo ao objetivo da evolução espiritual.

Contudo, Cristo falava por parábolas, pois àquela época a humanidade ainda não estava preparada para compreender conceitos existenciais importantes, que, se ditos naquele momento, não seriam interpretadas como deveriam ser, deturpando a ideia central do que é a vida neste mundo em virtude do arraigado materialismo que existia e ainda existe nos dias atuais.

Assim, muitos anos depois, com as evoluções tecnológicas, culturais e sociais, tem-se um ser humano ao menos preparado para ouvir e saber interpretar melhor o que é realmente a vida eterna e o seu objetivo neste planeta. Muitos vieram após Jesus para lapidar sua mensagem conforme a Lei de Amor e, por fim, surgiu a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, trazendo luz aos ensinamentos do Cristo, através das elucidações dos Espíritos Superiores da Codificação.

Sobre o Mestre Jesus, O Evangelho Segundo o Espiritismo nos traz as seguintes afirmações: “Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo.(...) O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam”.

Como Governador do Planeta, Jesus detém a plena autoridade para suprir a Humanidade de recursos favoráveis à sua redenção espiritual. É uma autoridade que se manifesta de forma branda e pacífica, sem violência de qualquer espécie. Fundamenta-se na Lei de Amor que, por sua vez, reflete as leis sábias do Criador. A autoridade e a sabedoria de Jesus são legítimas, oriundas de Deus. Seu Evangelho é o maior código de moralidade existente, ensinando como colocar em prática a Lei de Deus, lei que Jesus veio cumprir e fazer cumprir. 

O Evangelho de João registra sete denominações apresentadas por Jesus sobre Si mesmo:

1 - “Eu sou o pão da vida” - Em nossa jornada espiritual, sentiremos fome de encorajamento e consolação. Jesus é o pão que veio para nos alimentar espiritualmente. Comparando-se a esse alimento, Ele nos deixou a lição da humildade.

Emmanuel vem nos acrescentar: “O pão, no entanto, é alimento popular. Ainda mesmo quando varie nos ingredientes que o compõem e nos métodos de confecção em que se configura, é constituído de farinha amassada e vulgarmente fermentada e que, depois de submetida ao calor do forno, se transforma em fator do sustento mundial. Sempre o mesmo, na avenida ou na favela, na escola ou no hospital. O pão é invariavelmente pão. Abraça nos deveres diários o caminho da ascensão, recordando que Jesus — o Enviado divino e Governador espiritual da Terra — não achou para si mesmo outra imagem mais nobre e mais alta que a do pão puro e simples”.

2 - “Eu sou a luz do mundo” - Carregamos conosco uma bagagem de sombras, acumuladas dentre tantas existências. Jesus prometeu iluminar nosso mundo íntimo se seguirmos os Seus ensinamentos.

3 - “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo” - No meio de tantos enganos, Jesus é a porta que dá acesso a um novo ser, deixando para trás o homem velho, iludido e cansado.

4 - “Eu sou o bom pastor e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem” - No desempenho de nossas tarefas e obrigações, como é bom contarmos com um pastor divino, sempre vigilante a nos orientar. Mas que tipo de ovelhas somos? 

Mais uma vez contamos com a sabedoria de Emmanuel: “Desse modo, cabe-nos atender ao chamamento do Mestre, melhorando as condições da vida, no mundo, com base em nossa própria renovação. Nesse programa de luta, vale indagar de nós mesmos: – Que ovelha somos? E com semelhante pergunta, busquemos na disciplina, ante o Cristo de Deus, a nossa de servidores do bem, na certeza de que a humildade conferir-nos-á sintonia com o Divino Pastor, para que, sublimando e servindo, atinjamos com Ele o aprisco celeste na imortalidade vitoriosa”.

5 - “Eu sou a ressurreição e a vida” -  Nos instantes em que a desesperança nos invadir, Jesus representa a certeza da vida futura após o desenlace do corpo físico. No livro “Quem é o Cristo?”, de Raul Teixeira, pelo espírito Francisco de Paula Vitor, encontramos o seguinte conselho: “Jesus é o grande Governador da Terra, guardando os conhecimentos devidos para propiciar a todos nós a chance de renascer. O ser espiritual ressurge em novo soma quando reencarna. Ressurge o espírito, ainda, quando supera velhas deficiências de ordem íntima, de ordem moral, saindo de uma para outra condição vibratória. (...) É preciso dar sentido a essa existência. É necessário dar valor à trajetória terrena”.

6 - “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” - Diante de tantos rumos que se nos apresentam, temos em Jesus o caminho seguro e reto, que nos conduzirá à verdade e à vida em plenitude.

Na obra “Vinha de luz”, encontramos a mensagem: “Diante de cada discípulo, no reino individual, Jesus é a verdade sublime e reveladora. Todo aquele que lhe descobre a luz bendita, absorve-lhe os raios celestes, transformadores... E começa a observar a experiência sob outros prismas, elege mais altos padrões de luta, descortina metas santificantes e identifica-se com horizontes mais largos. O reino do próprio coração passa a gravitar ao redor do novo centro vital, glorioso e eterno. E à medida que se vai desvencilhando das atrações da mentira, cada discípulo do Senhor penetra mais intensivamente na órbita da Verdade, que é a pura luz”.

7 - “A videira verdadeira” - E, por fim, somente unidos a Ele, é que teremos condições de crescer, florescer e gerar bons frutos para o bem de todos. 

No livro “Caminho, Verdade e Vida”, vamos encontrar uma melhor definição para esta denominação: “Dentro de nossa pequenez, sucumbiríamos de fome espiritual, estacionados na sombra da ignorância, não fosse essa videira da verdade e do amor que o supremo Senhor nos concedeu em Jesus Cristo. Alimentados por essa fonte sublime, compete-nos reconhecer que sem o Cristo as organizações do mundo se perderiam por falta de base. Nele

encontramos o pão vivo das almas e, desde o princípio, o seu amor infinito no orbe terrestre é o fundamento divino de todas as verdades da vida”.

Em cada ensinamento do Evangelho identificamos o Mestre na sua divina missão de Educador de almas, que imprime o selo do amor e da sabedoria nas suas orientações superiores. Nele podemos descansar nosso coração, na certeza de que seremos conduzidos por seus ensinamentos sublimes ao caminho de luz e evolução.

KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”..

XAVIER, Francisco Cândido - Emmanuel. “Caminho, Verdade e Vida”; “Vinha de luz”

TEIXEIRA, Raul - Francisco de Paula Vitor. “Quem é o Cristo?”.

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