Blog dos Livros

Uma jornada sensorial

07/11/2025 09:46 - por Mildo Fenner mildofenner@hotmail.com

O escritor Nelson Job está lançando seu novo romance de ficção científica, “Pulsares” (Mondru Editora, 240 páginas). A obra  propõe  uma neoficção  científica tropicalista, em que o universo da física, da  arte e  da espiritualidade se misturam em uma narrativa brilhante ambientada no Brasil.

“Pulsares” é uma jornada  sensorial, que transcende  os limites da ficção científica tradicional  e adentra no universo tupiniquim. À medida  em que o caos se instala e  o despertar  coletivo se intensifica,  resta uma pergunta central:  até onde a humanidade  está disposta a ir para reconectar-se  com seu verdadeiro e novo âmago? 

Em um mundo onde tudo está em mutação (inclusive as leis que regem a  existência), pulsos misteriosos  vindos do cosmos alteram a  estrutura do universo e, com ela, o corpo e a  mente de todos os seres vivos da Terra. O protagonista, Aion,  percebe desde cedo que algo está diferente. 

Com o passar dos anos, Aion desenvolve apenas com sua força  parapsíquica habilidades extraordinárias: telepatia, materialização  astral e  a manipulação  da chamada biolu, uma energia  que lhe permite  se alimentar  de luz, manter-se jovem e  acelerar a cura do próprio corpo.

À medida em que as pulsações cósmicas se intensificam  e  se tornam mais frequentes, outras pessoas também começam  a despertar para essas capacidades em todo mundo. O universo, porém, entra em colapso.

Nelson Job é escritor, psicólogo e pesquisador,  doutor em História das Ciências pela UFRJ.  Trabalhou com o físico  Luiz Pinguelli  Rosa  e é coeditor da revista Cosmos e Contexto.

Autor de contos, poemas e romances, possui mais de 50 artigos publicados e promove cursos  e grupos de estudo  voltados à experimentação e ao pensamento brasileiro.

Trecho:
“Steven está muito diferente. Muito mais jovem, mas com aspecto pálido, e  sua voz está um pouco rouca. Minha hipótese  é de que seu projeto transumano andou, e  ele  se clonou, transferindo a  consciência  que ficou na nuvem para o clone, pronta para atacar. As pulsações estão mais intensas, na iminência do pulso.”
(Página 196)

CENTENÁRIO DE SIROTSKY
Em 2025 é comemorado o centenário de nascimento de Maurício Sirotsky Sobrinho (1925/1986), fundador do Grupo RBS e empresário que transformou a comunicação no Rio Grande do Sul e  no Brasil. Para marcar a data, o jornalista Tulio Milman está lançando “Maurício  Sirotsky Sobrinho – O som de uma vida,” que conta a trajetória do radialista  desde a infância até o apogeu profissional. 

NOVO LIVRO DE LETÍCIA
Quem também está lançando novo livro é a  escritora  Letícia Wierzchowski, pela Editora Maralto Edições. Trata-se de uma coletânea  de crônicas originalmente publicados  entre 2003   e 2014 no jornal gaúcho Zero Hora. As crônicas mergulham  nas memórias íntimas    e  familiares de Letícia, o avô polonês Jan, a avó Anna, o pai e  a  casa azul de  vereaneio. O livro chama-se “Por onde o tempo passa.” 

Leituras:
“Nunca empreste livros, pois ninguém os devolve. Os únicos livros que tenho em minha biblioteca são aqueles que outras pessoas me emprestaram.”
-Anatole France (16 de abril de 1944/12 de outubro de 1924), escritor, poeta e jornalista  francês, com vários best-sellers, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1921. 

Destaques:       

UMA MULHER ANDA SOBRE AS ÁGUAS


Autora:
Cecília Rogers

Neste seu mais recente livro, a poeta e  escritora Cecília Rogers reconstrói a  criação do mundo a partir de uma perspectiva feminina, lírica e onírica. A obra, dividida  em cadernos que remetem aos dias da gênese,  culmina em um poema extenso que dá título ao livro. “Uma mulher anda sobre as águas” consolida a  trajetória literária da autora,  que já publicou quatro livros de poesia e o romance “Agualuz.”  Com formação em Engenharia  Elétrica e Letras,  nascida e  residente em Niteroi (RJ), Cecília é escritora premiada no I Concurso Poeta Carvalho Jr..
Editora Patuá.      

DEPOIS DO TROVÃO 


Autora: Micheliny Verunschk

Durante os séculos XVII e XVIII,  a Coroa Portuguesa financiou expedições  para exterminar  povos indígenas  no Nordeste brasileiro, num conflito brutal  conhecido como “Guerra dos Bárbaros.”  É nesse cenário   que Micheliny constrói a jornada  de Auati, filho de uma indígena e de um frei jesuíta, que, levado pelo próprio pai,  se vê forçado a participar da destruição  que assola seu povo. Entre a condição de vítima e  a  de algoz, a personagem encarna  uma pergunta essencial: até que ponto a guerra  embrutece  e  apaga a humanidade? Nascida em 1972, no Recife, em Pernambuco, Micheliny  é escritora e historiadora,  autora de livros de poesias, contos e romances.
Editora Companhia das Letras.   

(As obras mencionadas  no Blog dos Livros podem ser encontradas na Revistaria e Livraria Nascente, localizada na Rua Saldanha Marinho, 1423, Cachoeira do Sul) 

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