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XXVI Prêmio Paulo Salzano Vieira da Cunha de Poemas

26/04/2023 08:54 - por Tiago Vargas

Estão abertas as inscrições para o XXVI Prêmio Paulo Salzano Vieira da Cunha de Poemas. Para participar do certame é necessário residir em Cachoeira do Sul. Cada escritor poderá concorrer enviando um único poema e, este deve ser inédito, nunca publicado em sites, redes sociais, revistas ou suplementos de jornais. Os poemas poderão conter no máximo 25 linhas e deverão ser enviados em arquivo de word, digitados em fonte 12.

A temática é livre. O concurso divide-se em três categorias, infantil, dos sete aos 11 anos de idade, juvenil, dos 12 aos 17 e adultos, este a partir de 18 anos. O recebimento dos trabalhos se estende até o dia 19 de junho sendo válidos os poemas que chegarem após este período, desde que postado nos Correios até a data mencionada.  Os envelopes também podem ser deixados pessoalmente na recepção.

Regulamento completo está disponível no site do JP. Solenidade de premiação será dia 29 do mesmo mês no salão de atos do jornal Pais incentivem seus filhos. Professores instiguem seus alunos. Poetas retirem seus escritos das gavetas. Vamos participar!

Gerações
As criancinhas brincam na calçada
E o sorrida da senhora a contemplá-las
Me emociona
Eu poderia agora oferecer flores
Para ela
Mas não fiz isso
Talvez amanhã
Eu me arrependa
De não ter revelado,
Exposto o que sentia
Eu deveria ter feito
Pois no amanhã
Eu não posso mais ser uma criança brincando na calçada
Mas eu posso ser uma senhora que contempla
Desejando que uma jovem que me observa
Ofereça-me flores com suas mãos.
Cristina Gomes da Silva

Sonho de amor
Quando anoiteceu adormeci abraçada com a saudade
Mas logo tu invadiste meu sonho com tanta veracidade
E me entreguei ao teu abraço numa indizível magia
Que me libertou deste labirinto de nostalgia
E o tempo já perdeu a validade
Passado, futuro e presente
Uniram-se numa só verdade
Num mundo em que a dor é ausente.
Tua presença arrebatou-me com tanta intensidade
E teu perfume causou-me tamanha perturbação
Que abandonei completamente a sobriedade
Rendendo-me aos teus encantos com total adoração.
Em teus braços desejei ardentemente
Receber a cura para a dor da saudade.
Pois nesse sonho roubaste minha liberdade
E capturaste para sempre minha mente.
Entraste na parte mais subjetiva do meu coração
E o verde dos teus olhos possui uma profundidade
Que me tirou a paz e a serenidade
Levanto o meu ser a total rendição.
Mas o amanhecer do dia
Terminou com toda magia
Quando trouxe à tona tua ausência sem piedade
Despertando-me novamente para a realidade.
Gabriela Vidal Domingues 

Abissalmente
No teu corpo
Me divirto
Me perco
Me encontro e
Me permito...
Quando abissalmente
Me entrego nas
Vezes tantas
Me cubro
De remorsos
Por não
Ser santa...
Teu ser me
Escraviza
Banaliza
Poetiza...
Quando teu
Abraço me acolhe
Me encolho todinha
Para assim pequenininha
Penetrar teu coração.
Liane Korberg

Coração caborteiro
Gosto da liberdade do vento
Esta que embaralha os cabelos
Despenteia os pensamentos
Numa ordem invertida
Contentamento desta vida...
Amar é algo único
Não depende de outrem
Depende apenas da gente
Nas paralelas dos trilhos do trem...
Sempre terá alguém partindo
Sempre algum outro que vem
Não podemos é viver esperando
Nesta mesma estação...
Meu coração é caborteiro
Não é escravo de paixão
Prefere ser andarilho
De inverno a verão
Só vai se acomodar no outono
Pra se podar mais um pouco
Mas volta na primavera
Amando poeta louco!
Mara Garin

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