Blog dos Espíritos

Espíritos imperfeitos – terceira ordem

05/12/2022 08:45 - por Eleni Maria Machado

Características gerais


Na condição de Espíritos imperfeitos, têm a predominância da matéria sobre o Espírito. Trazem a propensão ao mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhes são consequências.

Nesta ordem como também na segunda, existem classificações intermediárias. 

Não são todos essencialmente maus. Uns não fazem o bem e nem o mal, mas por não fazerem o bem denotam sua inferioridade. Mas outros se comprazem em fazer o mal e sentem prazer nisso. Seus conhecimentos do mundo espírita são limitados e o pouco que sabem, se confunde com a vida corpórea. Nas suas comunicações não podem nos dar senão noções falsas e incompletas, porém, pode-se notar, com uma observação mais atenta, a confirmação das grandes verdades ensinadas pelos Espíritos superiores. Por conseguinte, todo mau pensamento que nos é sugerido, provém de um Espírito dessa terceira ordem.

Vêem a felicidade dos bons e isso, para eles, é um tormento incessante, porque experimentam todas as angústias que a inveja e o ciúme podem produzir.

Conservam a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea e essa impressão é frequentemente mais penosa que a realidade. Sofrem pelos males que suportaram e pelos que fizeram os outros suportarem.

Esta ordem está dividida em cinco classes, da décima até a sexta.

Décima classe – Espíritos impuros


A classe mais inferior da terceira ordem. São os inclinados ao mal e o fazem por prazer. Dão conselhos desleais, incitam à discórdia e à desconfiança e se mascaram de todas as formas para poder melhor enganar. Sua linguagem é de trivialidades e grosserias, tanto nos Espíritos como nos homens. Suas comunicações revelam baixeza de carácter ou de intelectualidade e se tentam enganar falando de maneira sensata, não a podem sustentar por muito tempo.

Alguns povos fizeram deles divindades malfazejas, outros lhes deram o nome de demônios, gênios maus e espíritos do mal.
Quando encarnados, animam seres inclinados a todos os vícios: à sensualidade, à crueldade, ao embuste, à hipocrisia, à cupidez e à avareza sórdida.

Quase sempre escolhem suas vítimas entre as pessoas honestas, por ódio ao bem. São flagelos para a humanidade qualquer que seja a categoria social a que pertençam.

Nona classe – Espíritos levianos


Suas características são a ignorância. Maliciosos, inconsequentes e zombeteiros, envolvem-se em tudo, respondendo a tudo sem medir as consequências, sem preocupação com a verdade. Têm prazer em causar pequenos desgostos e pequenas alegrias, atormentando e induzindo os homens ao erro.

Pertencem a esta classe os Espíritos que vulgarmente são conhecidos como: gnomos, duendes, diabretes, trasgos. Estão na dependência de Espíritos superiores, que os empregam como fazemos com os nossos servidores.

Oitava classe – Espíritos pseudo-sábios


Tem conhecimento intelectual bastante amplo, que não é acompanhado pela moralidade. Creem saber mais do que sabem e sua linguagem pode iludir sobre sua capacidade e iluminação interior. Em geral isso não passa do reflexo de preconceitos e ideias sistemáticas da vida terrena. Em suas manifestações há verdades misturadas com erros absurdos, consequência da presunção, orgulho, inveja e obstinação que ainda não conseguiram vencer.

Sétima classe – Espíritos neutros


Como o nome diz, não são nem bons e nem maus, com inclinação para ambos os lados. Não se elevam acima da condição vulgar da humanidade, tanto pelo moral quanto pela inteligência. São apegados às coisas deste mundo, porém sem usufruir das alegrias.

Sexta classe – Espíritos batedores e perturbadores


Estes podem pertencer a todas as classes da terceira ordem porque não formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais. Sua presença se faz sentir por meio de efeitos físicos e sensíveis como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar e etc. São, mais que os outros, agarrados à vida material e são os agentes das principais perturbações dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, ou nas entranhas da Terra.

Reconhece-se que esses fenômenos não são devidos a causas fortuita e física quando têm caráter intencional e inteligente.
Todos os Espíritos podem produzir esses fenômenos, mas os elevados deixam aos subalternos essas atribuições, pois que são mais aptos às coisas materiais que às coisas inteligentes. Quando julgam que as manifestações desse gênero são úteis, servem-se desses Espíritos como seus auxiliares.

Na próxima semana daremos continuidade com os Espíritos da segunda ordem.
(O Livro dos Espíritos, Lv. II, cap. 101 – 106).

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