Blog Da Poesia

Escreva seu poema

16/06/2021 10:00 - por Tiago Vargas

Todos os anos o Jornal do Povo promove o Prêmio Paulo Salzano Vieira da Cunha de Poemas cuja premissa é exaltar e fomentar a poesia e a cultura em nossa cidade, oportunizando o surgimento e valorizando nossos poetas e escritores. Este ano o concurso literário chega a sua XXIX edição. As premiações ocorrem nas categorias Adulto, Infantil e Juvenil. A temática é livre. O regulamento está disponível no site www.jornaldopovo.com.br ou pode ser retirado na recepção do periódico. As inscrições vão até o dia 20.  Não percam o prazo. Pais estimulem seus filhos. Professores incentivem seus alunos instigando a criação literária. E você, retire seus escritos das gavetas. Vamos participar tornando o fazer poético possível e acessível. Que os poemas deste post sirvam de influxo e inspiração. Divulguem. Participem. Escreva seu poema.
Últimos dias de inscrição...

Quisera ter as benesses de tua benquerença
de sorver-te ao bel prazer
de me doar até que me consumas
em sua lascívia ardente em chamas...
me chamas ao sim à vida
Jorge Rosa  

Abandono
Linhas contornam o horizonte
Onde se debruçam 
Os primeiros raios de Sol.
Moldura,
Para o corpo nu
Esquecido ao amanhecer.
Como a noite
Tudo tem fim...
Tatiana Linhares

Naqueles tempos
Houve um tempo...
De se jogar conversa fora
Até altas horas.
A família reunida
Música, poesia
Às infantes brincadeiras
Com os amigos.
Altos papos em botequim
Saraus poéticos
Anarquistas, socialistas
Invadindo o calor da noite.
Rompendo as primeiras 
Horas da manhã.
Houve um tempo...
Em que se namorava a lua
por testemunhas as estrelas
Que brincavam de 
Esconder se entre as nuvens.
E agora?!
Em que tempo vives
Assustado menino?
O medo que invade as ruas
Nasce desta fúria louca
Desta ferida exposta
Que sangra copiosamente.
A multidão faminta
Circula com sua 
Máscara insana...
Nulo o abraço
O afeto 
O verso.
Liane Korberg

Seres angustiados
Estrelas,
Mundos.
Seres pensantes,
Inteligentes,
Talvez...Perguntas
Soltas,
Ao infinito,
Como
Um grito
Inconsciente
Da angústia
Latente
Da nossa
Insensatez...
Almiro Martins da Silva

Amor verdadeiro
Eu te amo indefinidamente,
como um poema composto
por palavras vagas e imprecisas.
Amor declarado com a linguagem do coração
onde residem promessas insondáveis à razão.
Amo-te submersa na obscuridade
de um querer sem começo, sem meio e sem fim.
De uma forma misteriosa, peculiar e insólita.
Com um sentimento que resgata meu ser
reconstruindo minha essência
na mais intrínseca ressurreição.  
Gabriela Vidal Domingues

A procura
Procuro palavras
sem plumas
nas ruas
certeiras e nuas
cobertas de penas
Procuro palavras
com senhas
secretas
que levam direto
ao centro da fome
Procuro palavras
ao cego de letras
que vive
sem ser
olhando sem ver
Com tantas palavras
em alvos gigantes
contemplo montanhas
ouvindo seus ecos
Iara Ramos

Senhora
Netuno te guarda sob as Graças de Conceição
Em leito de areia, se aforam tuas ruas
No teu riso da praça, dançam tuas águas
Em ti, 
Paraíso é semeado,
Quedas erguem Pontes,
Pedras ladrilham o tempo,
Lares e Centros emanam a fé.
Teus casarões sombreiam pajés descalços,
Filhos herdeiros das cestarias.
Tua identidade e tuas Comunidades Remanescem
Tua terra plural alimenta e tuas histórias nutrem.
Ainda te faltam esquinas para refugiar quem chega
E sobram nas paredes as faces da despedida.
Tua alma tem rugas de coragem.
Teus filhos, novos sobrenomes,
Tuas lágrimas, gosto de rio. 
Tua voz, Cachoeira, é o violino que ecoa
A prece materna nos ares do Sul. 
Gabrielly Vieira Ribeiro

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