Blog dos Livros
INICIATIVAS NA PANDEMIA
Mais recente livro do filósofo Mario Sergio Cortella, “Quem sabe faz a hora” (Editora Planeta, 173 páginas, R$ 44,90) volta o foco para o mundo do trabalho e discorre sobre as competências certas em tempos incertos. Cortella aborda questões decisivas para os profissionais que ocupam posições de liderança, para os que respondem por gestão e para aqueles que têm aspirações em seus empreendimentos e suas carreiras, especialmente agora em tempo de pandemia.
Desde a aceleração da globalização no início dos anos 1990, o mundo do trabalho não sofria um impacto tão expressivo com a pandemia do novo coronavirus, conforme diz Cortella em seu livro. A pandemia, explica ele, alterou definitivamente as relações profissionais em todos os sentidos e a necessidade de distanciamento e isolamento adensou alguns movimentos que já vinham se desenhando antes da expansão do vírus, tal como o trabalho a distância, o uso das novas tecnologias e o fortalecimento do e-commerce.
Cortella refere que o sentido de urgência, no entanto, também demandou repensar modos de gestão e operação. Das grandes corporações aos pequenos empreendedores, todos se viram, e ainda se veem, desafiados pelos desdobramentos da pandemia. “Desafios reais em tempos virtuais,” define.
Para ele, há que se levar em consideração que não havia uma experiência mais densa com esse tipo de situação e a urgência das medidas exigiu decisões, muitas delas tomadas até de forma atribulada. O impacto do primeiro momento demandou ajustes, reformulações, rearranjos e, em muitos casos, foi quase na base de tentativa e erro, mas, gradativamente, o fluxo de trabalho foi se restabelecendo. “Podemos contar com a mais moderna das tecnologias, mas alguns ensinamentos ancestrais continuam nos servindo muito bem,” ensina o filósofo em seu livro.
Mário Sergio Cortella nasceu em 5 de março de 1954, em Londrina, interior do Paraná. Na juventude, experimentou a vida monástica em um convento mas abandonou a perspectiva de ser monge para seguir a carreira acadêmica. Formado em Filosofia, com mestrado e doutorado em Educação, foi secretário municipal de Educação em São Paulo nos anos 1991 e 1992, durante a administração de Luíza Erundina.
Em 2015 recebeu o título de Cidadão Paulistano, outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo. Em 2017 foi finalista do Prêmio Darcy Ribeiro de Educação, criado para contemplar pessoas ou entidades cujos trabalhos ou ações mereceram destaque especial na defesa e na promoção da educação brasileira. É comentarista e colunista em programas de rádio e televisão, além de ter presença constante nas mídias digitais e redes sociais, com mais de dez milhões de seguidores. Até 2020 escreveu 46 livros publicados no Brasil e no exterior.
Trecho:
“É um aprendizado para lidar com o risco, em que se sai da zona de conforto, passa por alguma instabilidade, mas não fica possuído pelo apavoramento e segue em frente.
Não há atividade isenta de risco. A prática de alguns esportes, o uso de alguns equipamentos, voar de avião, dirigir um carro, andar de bicicleta, tudo isso tem um risco inerente. Ora, eu posso olhar esse risco como algo impossível de ser enfrentado ou posso me preparar para fazê-lo. Uma pessoa que pratica exercícios sabe que existe algum risco ao fazê-los, assim como há um imenso risco em não os fazer e ser um indivíduo sedentário.”
(página 65)
MAIS VENDIDOS I
No mês de junho de 2021 “Mais esperto que o diabo,” de Napoleon Hill, continua liderando a lista dos dez mais vendidos no país. Não muito longe, manteve a segunda colocação o premiadíssimo “Torto arado,” de Itamar Vieira Júnior. “Torto arado” fala sobre o sertão baiano, onde duas irmãs encontram uma velha faca, que vai provocar uma tragédia entre as duas.
MAIS VENDIDOS II
De acordo com a revista digital Publishnews, são estes os dez mais vendidos de junho de 2021:
1º. “Mais esperto que o diabo” 7.783
(Napoleon Hill)
2º. “Torto arado” 7.198
(Itamar Vieira Júnior)
3º. “Do mil ao milhão” 6.049
(Thiago Nigro)
4º. “Desobedeça” 6.020
(Maurício Benvenutti)
5º. “Pai rico pai pobre” 5.818
(Robert Kiyosaki)
6º. “A garota do lago” 5.565
(Charlie Donlea)
7º. “Mulheres que correm com os lobos” 5.409
(Clarissa Pinkola Estes)
8º. “O poder da autorresponsabilidade” 5.146
(Paulo Vieira)
9º. “Vermelho, branco e sangue azul” 4.792
(Casey McQuiston)
10º. “A revolução dos bichos” 4.165
(George Orwell)
Leituras:
“Não acredite em nada que você ouve, e apenas metade no que você vê.”
(Edgar Allan Poe, autor, poeta, editor e crítico literário americano, nascido em 1809 e falecido em 7 de outubro de 1849, autor de obras famosas, como “O corvo,” “O gato preto,” “O coração revelador” e “A queda da casa de Usher.”)
Destaques:
DESVENDANDO NELSON RODRIGUES
Autor: Alexandre Callari
O livro apresenta o extenso trabalho e o legado de Nelson Rodrigues, considerado o maior dramaturgo da história brasileira. Suas obras, das quais se destacam “Vestido de noiva,” Os sete gatinhos,” e “Bonitinha, mas ordinária,” já foram encenadas centenas de vezes em todo o país e promoveram uma verdadeira revolução em nosso teatro. Rodrigues tornou-se conhecido, além dessa faceta, pelas dezenas de romances que escreveu, por seu singular trabalho como jornalista e cronista e por suas polêmicas posturas políticas e sociais. Alexandre Callari é escritor, tradutor, palestrante e é autor de vários livros.
Editora Generale. 161 páginas. R$ 29,90.
DRÁCULA
Autor: Bram Stoker
O livro é um clássico da literatura de terror e apresenta, por meio de cartas, diários e notícias, os ataques do vampiro Conde Drácula a moradores de Londres e da Transilvânia. O romance epistolar marcou o gênero e, mesmo não sendo a primeira obra a retratar este mito literário, definiu o que conhecemos hoje como vampiro, influenciando literatura, cinema e teatro. Bram Stoker nasceu em Dublin, Irlanda, em 1847, e desde a infância interessava-se por terror sobrenatural. Aos 50 anos, criou a sua principal obra, “Drácula.” Morreu em Londres, em 1912.
Editora Principis. 368 páginas. R$ 25,00.
(As obras apontadas no Blog dos Livros podem ser encontradas junto à Livraria Coralina, na Rua 7 de Setembro, 578, Cachoeira do Sul)
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