É uma lenda tão famosa que já ganhou as telonas, os palcos e até virou nome de bebida. Existem muitas variações pelo mundo, mas, em todas elas, Bloody Mary é a história de um espírito feminino rancoroso, invocado diante de espelhos quando seu nome é repetido várias vezes. No Brasil existe a versão chamada Maria Sangrenta, mas não há certeza de que se trate da mesma história.

A expressão Bloody Mary faz referência à rainha inglesa Maria I, cujo reinado ficou marcado pela tentativa de erradicar protestantes, sendo responsável por inúmeros assassinatos. O episódio lhe rendeu o apelido macabro de Maria Sangrenta (Bloody Mary, em inglês). Ela também é lembrada por sofrer diversos abortos espontâneos ao longo da vida, que muitos acreditavam ser um castigo divino.

Apesar da fama cruel, a rainha não deu origem à lenda, apenas ao nome. Maria I morreu em 1558, possivelmente vítima de câncer. Ainda assim, seu apelido ecoou ao longo das épocas, até se cruzar com a história de outra mulher chamada Mary, que viveu nos Estados Unidos no século XX e inspirou diferentes versões do mito.

Essa Mary americana teria sido assassinada por um cirurgião. Dizem que morreu diante de um espelho e que o assassino, antes de fugir, arrancou-lhe os olhos. Em um último ato desesperado, ela conseguiu escrever a letra “T” no vidro, pista que levou a polícia até seu algoz.

Para o espírito de Mary, porém, nada terminou ali. Sua última visão foi a própria morte refletida no espelho. Desde então, dor e rancor atravessaram as eras, fazendo com que sua alma vague eternamente. Dizem que, quando chamada repetidas vezes diante de um espelho, ela aparece… sempre em busca de mais sangue.