Blog da Médica

Quando devo procurar ajuda?

09/09/2022 14:05 - por Sofia Rohde

Quantas vezes você sentiu algum incômodo ou mesmo viu algo no seu corpo e deixou para lá?! Realmente na maioria das vezes são sintomas ou sinais passageiros. Uma dorzinha aqui, um incômodo ali. O problema é diferenciar o que são sinais e sintomas menores, isto é, aqueles que não devemos realmente nos preocupar em comparação com aqueles que deveriam nos levantar o sinal vermelho do perigo. 

E como resolver esse problema? O correto seria você anotar tudo que sentir de diferente e relatar na consulta com o médico ou profissional de saúde capacitado que possa te guiar pelo mar de possibilidade que existe na medicina.

Por isso as consultas de rotina são tão importantes e deveriam ser abrangentes o suficiente para que conseguissem rastrear esses pequenos sinais que ás vezes ajudam a diagnosticar diversas doenças graves com antecedência.

E obviamente, antes é muito melhor do que depois quando se fala em descobrirmos doenças como cânceres, doenças reumatológicas e infecções, não é mesmo?! 

O profissional de saúde que lhe atende deve ser seu parceiro de vida, o sócio da sua saúde. Você precisa sentir-se totalmente livre e confortável para lhe contar qualquer tipo de desconforto ou alteração que notar. Lembre-se sempre que esse profissional foi treinado exaustivamente vendo as coisas mais bizarras que você pode imaginar (e ás vezes nem consegue imaginar), então ele está preparado para lhe ajudar, não importa qual a queixa.

Vou listar aqui alguns exemplos de sinais e sintomas que deve alertá-lo a procurar ajuda!

-  Aperto ou uma pressão no peito após subir escadas ou fazer exercícios – principalmente se você for homem acima dos 45 anos ou mulher na menopausa. Pode ser um aviso do seu coração que algo não está bem.

- Alterações no seu fluxo menstrual – normalmente a mulher mantém as mesmas características da menstruação pela vida, então quando ocorrem alterações de quantidade, dor ou tempo, você deve procurar seu médico!

- Sangue no seu cocô – isso nunca é normal. Pode ter diversas explicações para esse fato, das mais simples ás mais complexas, mas nunca deixe de comentar com seu profissional de saúde.

- Sentir-se ansioso ou triste a maior parte do tempo – doenças psiquiátricas infelizmente tendem a ter um diagnóstico tardio por acharmos que tudo é bobagem da nossa cabeça. Então, preste atenção em si mesmo e converse sempre sobre como você está se sentindo com alguém. Divida!

- Mudanças na sua urina – Preste atenção na força e quantidade de urina por jato, nunca pode ser difícil de iniciar o xixi e ficar com a calcinha ou a cueca molhada também não é normal. Nunca devemos sentir dor ao urinar e sangue nunca é normal. Para os idosos, infecções urinárias sem sintomas (que não doem por exemplo) são grandes causadoras de infecção generalizada (sepse), então atentem sobre o assunto com seus médicos.

- Começou uma medicação e sentiu algo diferente – reações medicamentosas são muito comuns. Tosse, náuseas, tontura, mal-estar. Se iniciou uma medicação e sentiu algo, seu médico deve saber.

- Você está roncando – se alguém lhe disse que seus roncos são intensos ou se seu parceiro está reclamando, você precisa ser avaliado. Existem doenças (apneia do sono) ligadas ao ronco, além de um aumento de risco cardíaco (infarto).

- Sempre que um sintoma piore – se notar que o que vem sentindo está piorando, não está passando mais com o que costumava fazer, sempre é um fato muito importante e que deve ser discutido.

São poucos exemplos e bem gerais, mas são apenas para dar ideia de como diferenças sutis podem sinalizar alterações grandes!

Converse com seu profissional de saúde sempre que surgir aquela pontinha de dúvida. Hoje a medicina disponibiliza as tele consultas, que são muito mais baratas e acessíveis. Se tiver disponibilidade, use-as para fazer consultas preventivas de tempos em tempos. Melhor respondermos todas as angústias e perguntas do que corrermos atrás do prejuízo depois!

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