Algumas raças têm indicação de tosa. A proposta é que a tosa seja instrumento de manutenção do pelo para que, por exemplo, não toquem o chão, carregando assim dejetos e sujidades que podem afetar a pele. Além, é claro, de ocasionar mau cheiro. As raças mais comuns com pelagem que necessita de tosa são shih tzu, maltês, yorkshire e cocker spaniel.

Em contrapartida, existem raças nas quais a tosa é altamente contraindicada. É o caso do spitz alemão e outras raças primitivas como husky siberiano, chow chow e samoieda. Essas raças possuem pelagem dupla, composta de pelo e subpelo, que tem função fundamental na termorregulação. 

SPITZ ALEMÃO E OUTRAS RAÇAS PRIMITIVAS
O controle da temperatura não é o único motivo para manter íntegro o pelo dos cães primitivos. Em algumas raças já é sabido que a tosa afeta o crescimento do pelo, dependendo da fase de desenvolvimento em que esteja levando a uma alopecia pós tosa. O spitz alemão é uma das raças que vem sofrendo muitos reflexos de tosas exageradas.

Por desconhecerem as suas particularidades, muitos tutores e até profissionais de estética canina são adeptos de tosarem a raça. O número de cães com alopecia só cresce. O tratamento das alopecias é longo e bastante oneroso. Em alguns casos pode levar de dois a três anos para a pelagem crescer novamente. Por estes motivos, o ideal é fazer apenas o Trimming da raça, uma técnica de tosa delicada, feita na tesoura, e sem agressão ao subpelo.

Tosas comerciais e a famosa tosa Boo não  são indicadas.  Bigodes e cílios são importantes no dia a dia do animal, atuando como barreira de proteção e também com funções sensoriais.

Fonte: meusbichos.com.br