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Carpinejar

28/12/2022 09:15 - por Tiago Vargas

Fabricio Carpinejar nasceu em Caxias do Sul em 1972. Filho dos escritores Carlos Nejar e Maria Carpi é poeta, cronista, jornalista e professor universitário. E mestre em literatura Brasileira pela UFRGS. Publicou mais de 30 livros, entre os quais, As solas do sol, Caixa de sapatos e O amor esquece de começar. Recebeu inúmeras premiações literárias, com destaque para o Prêmio Érico Veríssimo em 2006, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre, o Olavo Bilac pela Academia Brasileira de letras em 2003 e duas vezes o Açoriano de Literatura, edições 2001 e 2002. Aclamado por escritores do porte de Ignácio de Loyola Brandão, Carlos Heitor Cony e Antônio Skármeta é um dos principais poetas contemporâneos. Ativo nas redes sociais seu perfil no twitter ultrapassou 350 mil seguidores enquanto seu blog pessoal já recebeu mais de três milhões de acessos. O poeta pop (excêntrico e extravagante) que combina trajes multicoloridos com anéis de caveira tem uma importância singular e representativa no cenário literário nacional, principalmente no que tange a aquisição da leitura ou processo de formação de novos leitores. Seu texto acessível, impoluto, de caráter informal, simples mais inteligente possibilita essa proposição. Na poesia de Carpinejar o amor (em todas suas vertentes e nuances) é a temática central. Outros atributos são recorrentes em sua obra, como a extrema sensibilidade, o humor, a leveza e a precisão na escrita.

Confio em casa 
Com assoalho
Para ouvir os passos.
Confio em casa
Com porão
Para guardar o passado.
Confio em casa
Com cachorro
Para acordar relógio parados.
Confio em casa
Com criança
E objetos quebrados.
Casa com duas pessoas,
Não importa o tamanho,
Será apenas quarto.
Fabricio Carpinejar

Para o amor, um banco de praça já basta.
Ou ficar na frente de um portão.
Ou uma xícara de café. 
Amor mesmo é um filme de baixo orçamento.”.
Fabrício Carpinejar

FALTA DE TEMPO
Existe um único antídoto para a falta de tempo. Um único.
Estar apaixonado.
Esquecer de si para inventar o desejo.
O desejo transforma-se no próprio tempo.
Tudo é adiado.
Fabrício Carpinejar

A vida com erros de ortografia
tem mais sentido.
Ninguém ama com bons modos.
Fabrício Carpinejar

Alguns Livros

 

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