Blog da Poesia
Emily Dickinson
Emily Dickinson foi uma escritora norte-americana que ajudou a definir a poesia moderna, ocupando um lugar de destaque na literatura mundial.
Embora tenha publicado apenas algumas composições durante a vida, sua produção lírica foi vasta e quebrou as regras vigentes na época. A poeta trouxe inovações que influenciaram inúmeros autores que surgiram mais tarde, mantendo a popularidade entre os leitores através dos tempos.
Suas composições abordam temas universais como o amor, a complexidade da vida e das relações humanas, se debruçando também sobre a inevitabilidade da morte.
O blog da semana desta semana traz 5 poemas da referida escritora.
Não sou ninguém
Não sou Ninguém! Quem é você?
Ninguém — Também?
Então somos um par?
Não conte! Podem espalhar!
Que triste — ser— Alguém!
Que pública — a Fama —
Dizer seu nome — como a Rã —
Para as almas da Lama!
Tradução de Augusto de Campos
Uma palavra morre
Uma palavra morre
Quando falada
Alguém dizia.
Eu digo que ela nasce
Exatamente
Nesse dia.
Tradução de Idelma Ribeiro Faria
Esta, minha carta para o mundo
Esta, minha carta para o mundo,
Que nunca escreveu para mim –
Simples novas que a Natureza
Contou com terna nobreza.
Sua mensagem, eu a confio
A mãos que nunca vou ver –
Por causa dela – gente minha –
Julgai-me com bem-querer
Tradução de Aíla de Oliveira Gomes
O Cérebro
O Cérebro — é mais amplo do que o Céu —
Pois — colocai-os lado a lado —
Um o outro irá conter
Facilmente — e a Vós — também —
O Cérebro é mais fundo do que o mar —
Pois — considerai-os — Azul e Azul —
Um o outro irá absorver —
Como as Esponjas — à Água — fazem —
O Cérebro é apenas o peso de Deus —
Pois — Pesai-os — Grama a Grama —
E eles só irão diferir — e tal acontecer —
Como a Sílaba do Som —
Tradução de Cecília Rego Pinheiro
Escondo-me na minha flor
Escondo-me na minha flor,
Para que, murchando em teu Vaso,
tu, insciente, me procures –
Quase uma solidão.
Tradução de Jorge de Sena
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