Caracteres gerais
Não sofrem mais a influência da matéria. Alcançaram a superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos demais Espíritos.

A classe a que todos almejamos porque nela a felicidade já é um estado natural e não passamos mais pelas vicissitudes tão conhecidas por nós no mundo atual.

Primeira classe – classe única

Percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Alcançaram a soma de perfeições de que é suscetível a criatura humana, não tendo mais que suportar provas ou expiações. Não estão mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis. É para eles a vida eterna, que desfrutam no seio de Deus.

Nesse estado de pureza, habitando mundos superiores, gozam de uma felicidade inalterável, porém não é uma felicidade ociosa. Dentre as suas ocupações está a do encorajamento dos Espíritos que habitam mundos inferiores, a fim de que perseverem no bom caminho. Como não há, entre eles, infortúnios a serem aliviados, vão procurá-los onde existem: são os bons Espíritos que aliviam e atraem para o bom caminho todos aqueles que lhes escutam as sugestões, ajudando-os a se aperfeiçoarem, lhes designando as suas missões. Assistem aos homens em suas aflições, lhes inspiram a força e a coragem para vencer as provas que lhes são inerentes e lhes concitam ao bem. São tarefas que abraçam com amor e dedicação, encarando-as como uma doce ocupação.

A infância do Espírito puro não mais comprime sua inteligência e, tampouco, a velhice a extingue. Não estão mais sujeitos a doenças e nem à necessidade do sono reparador: a vida está dividida entre a ação e o repouso (sem significar o adormecer).
São os mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. 

Popularmente são denominados “anjos”, “arcanjos” ou “serafins”.

O Livro dos Espíritos, Lv. II, cap. I, Qs. 112 e 113; Revista Espírita, abril de 1858.