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Superman: retorno triunfal do homem de aço

17/07/2025 09:10 - por Jorge Ghiorzi jghiorzi@gmail.com

Todos nós esperávamos que o roteirista e diretor James Gunn, responsável pela série de filmes “Guardiões da Galáxia” da Marvel, pudesse reanimar o Superman. O Homem de Aço precisava de um novo começo após seu desgaste em “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” (2016) e sua diluição em “Liga da Justiça” (2017). Com seu novo filme, Gunn busca resgatar a essência do personagem, equilibrando nostalgia e modernidade. Mas será que conseguiu?

O novo “Superman” apresenta uma narrativa que mistura origens e aventura, focando no equilíbrio entre a vida humana de Clark Kent e seu destino como herói cósmico. A trama, ambientada em um mundo vibrante e colorido, traz conflitos familiares e ameaças extraterrestres, evocando o tom dos quadrinhos dos anos 60 e 70. Vilões clássicos ganham reinterpretações ousadas, enquanto o filme explora temas como identidade, responsabilidade e esperança, pilares do mito do Superman.

O filme rachou a crítica mundial, dividindo opiniões entre entusiastas que celebraram seu frescor e detratores que o consideraram um desastre. No entanto, a virtude parece estar no meio: não se trata de uma revolução cinematográfica, mas de um entretenimento honesto e bem-executado. James Gunn abandona o tom sombrio das versões de Zack Snyder, optando por um Superman "solar", cheio de cor e leveza, em linha com a interpretação icônica de Christopher Reeve. David Corenswet, no papel principal, consegue capturar tanto a vulnerabilidade de Clark Kent quanto a grandeza do último filho de Krypton, trazendo um carisma que lembra Reeve, mas com uma nuance própria. Sua atuação é um dos bons trunfos do filme, transitando entre força e humanidade.

A narrativa equilibra ação, humor e drama, com momentos que remetem à insanidade criativa dos quadrinhos clássicos. As cenas de batalha são dinâmicas, e os vilões, embora não profundamente desenvolvidos, cumprem seu papel como antagonistas espetaculares.
O “Superman” de James Gunn é um respiro necessário após anos de interpretações controversas. No entanto, não é perfeito. Alguns podem achar o tom excessivamente nostálgico ou o roteiro previsível, mas cumpre seu propósito: divertir e reafirmar os valores do personagem. Com David Corenswet trazendo credibilidade ao protagonista e Gunn restaurando o otimismo da franquia, o filme é um passo na direção certa na consolidação do novo Universo DC.

Em um cenário onde super-heróis muitas vezes se perdem em cinismo ou excessos narrativos, esta versão celebra a esperança e o idealismo. Pode não convencer os céticos, mas certamente devolve o Superman ao lugar que merece: como um símbolo de otimismo e diversão no cinema. No geral o filme traz mais acertos do que erros, ao finalmente apresentar um Superman que irradia esperança novamente (como filme e como personagem). Em uma era onde os heróis estão cada vez mais sombrios e complexos, Gunn e Corenswet nos lembram por que, depois de 85 anos, o Homem de Aço ainda é relevante.

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