É uma história muito famosa na cidade de Diamantina, onde fé e mistério se misturam. Conta-se que, há muitos anos, vários operários trabalhavam em uma obra quando um deles, de nome Júlio, foi ferido de morte. Um padre foi chamado ao local com urgência, a pedido do próprio ferido.

Ele desejava confessar uma vida de pecado e perversidade. O religioso o aconselhou a pedir perdão a Deus e disse que, se suas palavras fossem sinceras, ele seria atendido. Já nos suspiros finais, Júlio afirmou que, se fosse perdoado, algo muito bom aconteceria naquele lugar.

No início, nada ocorreu, mas poucos se surpreenderam quando ramos começaram a brotar da cruz improvisada que os amigos haviam fincado no chão, marcando o ponto onde Júlio morreu.

Com o passar dos anos, os galhos secos deram lugar a uma imensa gameleira, que acabou por absorver a cruz — embora muitos ainda consigam distinguir seu formato.

A história de Júlio ficou conhecida em toda a região como um exemplo de salvação e vida eterna. A gameleira transformou-se em símbolo de fé e peregrinação.