Blog do Mistério
A maldição de Don Juán Manoel
Don Juán Manoel não é o caso de amor mais bonito para contar no Dia dos Namorados. Na verdade, seu amor acabou em tragédia e até o próprio Diabo foi convocado para participar da história.
Juntamente com sua amada esposa, de quem nunca se ouviu falar o nome, Don Juán Manoel foi um dos primeiros moradores em uma cidade do México nos primórdios de seu desenvolvimento. Sabia-se que eram um casal muito apaixonado, pelo menos até que o falatório começasse por toda vizinhança.
Don Juán logo desconfiou e depois teve certeza: o fantasma da infidelidade vivia em sua casa, e, em certas ocasiões, até mesmo ceava em sua mesa, bem como um sobrinho distante.
O caso de amor da esposa com o sobrinho já não era segredo para ninguém e o marido ficou completamente abalado. Se o amor é cego, o ódio consegue ser um pouco mais. Um coração tão apaixonado bombeava sangue para uma mente tomada pela vingança.
Don Juán Manoel nunca foi violento, mesmo sendo comum na época que viveu, abominava tais atitudes. Desta forma, achou mais fácil invocar o capeta do que lavar a honra com sangue.
O Diabo, esperto como ninguém, logo aceitou a alma do pobre infeliz, em troca lhe prometeu que daria coragem o bastante para matar o sobrinho, bastava que portasse uma faca, e o senhor das trevas proporcionaria o encontro entre os dois: Don Juán Manoel deveria matar o primeiro que cruzasse seu caminho, seria o fim do seu problema.
O ódio cega tanto que o homem acreditou no Diabo, e qual foi sua surpresa quando viu que sua vítima não era o sobrinho. Por medo da culpa e das consequências do assassinato de um inocente, Don Juán Manoel acabou se enforcando no lustre da casa onde morava, que continua até hoje, em ruínas no México, impedindo que as pessoas esqueçam esta história e a lenda em que ela se transformou.
Feliz Dia dos Namorados. Não faça como Don Juán Manoel.
Encontrou algum erro? Informe aqui
A fada lavadeira
Esta história vem de longe, muito longe, seu terror atravessa o oceano.