Blog do Mistério

Os 666 vidros da pirâmide do Louvre

01/05/2025 10:14 - por Gisele Wommer giwommer@gmail.com

Foto: Eli Bolyarska

Costumo a dizer que sob a cidade luz encontramos trevas. Isso porque Paris possui o maior ossuário do mundo: que são as Catacumbas, já trazidas aqui no Blog. Mas não sou somente os milhares de cadáveres silenciosos os responsáveis pelo terror de uma das cidades mais famosas do planeta. Paris tem tantas lendas como tem história, uma delas não é muito comentada entre os franceses: a da pirâmide do famoso Museu do Louvre.

Abaixo da superfície reluzente da pirâmide, algo mais antigo do que a arte repousa. O monumento, que muitos admiram por sua ousadia arquitetônica, guarda um segredo que não é narrado aos turistas. Quando o então presidente François Mitterrand encomendou a estrutura em 1984, a escolha do vidro, da geometria perfeita e da localização causou burburinho. Mas foi o número (666 painéis de vidro) que acendeu os sussurros. Para os supersticiosos e estudiosos do oculto, não era coincidência: era um sinal.

Segundo Dominique Stezepfandt, um autor que mergulhou fundo nas camadas sombrias da história francesa, a pirâmide foi uma oferenda. Uma homenagem arquitetônica ao próprio diabo. A exatidão matemática da construção, suas linhas, ângulos e principalmente o número dos vidros, refletiria a invocação de uma antiga simetria demoníaca. O número 666, há muito associado à Besta do Apocalipse, não foi escolhido ao acaso, mas calculado a partir de jogos aritméticos que envolviam somas triangulares e múltiplos de seis.

A disposição dos vidros, que de longe parece apenas estética, revela, para os mais atentos, padrões inquietantes: um triângulo dentro de outro, formando estrelas invertidas conforme a luz incide. Guias do museu evitam tocar no assunto, mas há um ponto específico na base da pirâmide onde os sensores falham, as câmeras oscilam, e até os visitantes relatam calafrios sem explicação. Quem conhece o Louvre e tem sensibilidade, garante que algo sussurra sob o chão de mármore.

E há mais. Uma teoria persistente afirma que François Mitterrand, fascinado por simbolismos e esoterismo, desejava transcender a morte. Dizem que, antes de morrer, deixou instruções secretas: seu corpo, ou parte dele, repousaria em uma cripta sob a pirâmide — transformando o monumento em um túmulo eterno. Uma cápsula de poder, onde arte e inferno se tocariam. Oficialmente ele foi sepultado em Jarnac. Mas estranhamente, a segurança do Louvre foi reforçada dias após seu funeral.

Os espectadores do filme O Código Da Vinci e leitores de Dan Brown autor da obra, lembram-se de como a pirâmide aparece como ponto central de um mistério ancestral. E embora o filme seja ficção, muitos creem que parte do enredo foi inspirado em boatos reais colhidos por Dan Brown em arquivos jamais revelados ao público. Inclusive, há quem diga que o autor foi aconselhado a suavizar certas passagens, para evitar confronto direto com autoridades francesas, afinal, o turismo na cidade é um negócio promissor, e ninguém quer estragar a reputação do museu mais famoso do mundo.

O Louvre sempre foi um templo do conhecimento humano. Mas, ao que tudo indica, a pirâmide é algo mais: um selo. Uma janela de vidro para uma verdade que poucos querem ver, e que talvez seja melhor deixar enterrada, exatamente onde dizem que Mitterrand descansa, cercado por seus 666 espelhos.

 

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