Blog dos Espíritos

Amar o próximo como a si mesmo

07/11/2022 08:54 - por Eleni Maria Machado

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este é o maior e o primeiro mandamento. E aqui o segundo, semelhante a esse: amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Para melhor compreensão, vamos inverter a ordem: para chegar a amarmos a Deus e ao nosso irmão, é preciso que primeiro amemos a nós mesmos. Desenvolver o autoamor, gostarmos de quem somos, faz parte do processo do autoconhecimento que todos devemos buscar; sem isso não chegaremos a cumprir nem o primeiro e nem o segundo mandamento.

Parábola dos credores e dos devedores
 

“O Reino dos Céus e comparável a um rei que quis cobrar as dívidas dos seus servidores. Apresentaram-lhe um que lhe devia dez mil talentos (moeda da época). Mas o servidor não tinha meios de os pagar; e o senhor mandou que o vendessem a ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens, para pagamento da dívida. O servidor, suplicante, lançou-se aos seus pés rogando misericórdia e paciência que lhe pagaria toda a dívida. O senhor, então, tocado de compaixão, lhe perdoou a dívida. Mas esse mesmo servidor, saindo dali, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem talentos, o segurou pelo pescoço e, quase a estrangulá-lo, dizia: “Paga o que me deves”. O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, implorava perdão, dizendo igualmente: “Tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo”. Mas o servidor não o quis ouvir; foi-se e o mandou prender, até que lhe pagasse toda a conta”.

Os outros servidores daquele senhor, seus companheiros, vendo o acontecido e, extremamente aflitos, informaram ao senhor tudo o que acontecera. Então o senhor tendo-o mandado vir à sua  presença, lhe disse: “Mau servo, eu te havia perdoado tudo o que me devias, porque pediste. Não estavas desde então no dever de também ter piedade do teu companheiro, como eu tivera de ti?”

E o senhor, então, tomado de cólera o entregou aos verdugos até que lhe pagasse tudo o que lhe devia.

Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (Mateus, 7:12)

A caridade segundo Jesus


Qual o verdadeiro sentido da palavra “caridade”, como a entendia Jesus? “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.

Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar como padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. E, praticando esse dever, estaremos destruindo o egoísmo, esse algoz que assola a humanidade. Quando for adotada como regra de conduta e base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça e não haverá mais ódios, nem disputas, mas somente união, concórdia e benevolência mútua.

A lei de amor


O amor é o sentimento por excelência e os sentimentos vão sendo elevados à medida que o homem progride. No início ele só tem instintos, e que avançando terá sensações; quando já instruído e depurado, terá “sentimentos”. E o ponto delicado dos sentimentos é o amor, o sol interior do ser humano. Quando Jesus pronunciou a palavra amor, os povos sobressaltaram-se, pois não a entendiam, mas os sofredores encheram-se de esperança.

O Espiritismo vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino: a reencarnação. Apresenta os túmulos vazios, triunfando a morte. Descortina um horizonte novo e belo. Revela às criaturas o seu patrimônio intelectual e já não é mais o suplício que aguarda o homem, mas a conquista do seu ser, elevado e transfigurado. 

O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual. Granjeará muito mais que bens terrenos. Granjeará a elevação gloriosa! Assim, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscará nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI – Amar o próximo como a si mesmo.

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